Contrariamente ao que se diz e se pensa, a “INDÚSTRIA 4.0″ não é uma nova Revolução Tecnológica e muito menos uma Revolução Industrial.
Trata-se de uma inovação em todos os procedimentos da indústria; dos serviços; da distribuição; do relacionamento entre a indústria e as exigências do mercado e outras; na senda daquilo que tem sido todas as alterações sociais provocadas pela evolução das civilizações no mundo.
A INDÚSTRIA 4.0 não passa de um mero conceito académico de inovação na gestão empresarial para a articulação de todas as tecnologias desde a transformação ao consumo, de forma a:
- uniformizar procedimentos;
- responder atempadamente a todas as solicitações com índices de satisfação total dos seus clientes;
- agilizar as entregas;
- competir num mercado cada vez mais exigente;
- minimizar todos os custos;
- assegurar mercados de escoamento dos produtos produzidos; aumentar de forma exponencial os caudais de fluxos financeiros;
- aumentar o rácio de solidez financeira;
- apurar resultados líquidos consistentes;
- Nesse sentido o acordo versou uma intenção já seguida desde o início da implementação da gestão informatizada. Três zeros, ou 3.0:
Cujo objetivo é o de prosperarem autonomamente em quatro domínios específicos:
- Zero consumo de papel;
- Zero stocks;
- Zero mão de obra;
A que se juntou mais um zero, no ano de 2011, numa reunião realizada na Alemanha elevando para quatro, os zeros, agora com a designação de INDÚSTRIA 4.0.
- Zero desperdícios;
Um conceito que diverge daquilo que tem sido os avanços da História da Humanidade sustentada em roturas nos procedimentos como forma de dar resposta às necessidades da Humanidade e da sua organização civilizacional no Planeta.
Desta vez aquilo que se pretende é exclusivamente aumentar os lucros de alguns ao ponto de haver especialistas a afirmar categoricamente que: a nova fase da industria vai eliminar, em breve, cinco milhões de empregos e, a avisar, que o fosso entre ricos e pobres pode aumentar.
Como sempre, na Europa mandam os Alemães. E vai dai, reuniram um conjunto de empresários, académicos e membros do governo para definir uma estratégia que dê resposta ao crescimento Industrial aonde foi apresentado o conceito “INDUSTRIA 4.0” que pretendem implementar num mercado que ajuízam única e exclusivamente ao seu dispor que promova a anulação do setor secundário da produção industrial através da robotização, tão só porque na Europa há dificuldades em encontrar mão de obra não qualificada enquanto que no resto do mundo essa mão de obra abunda.
O conceito “INDÚSTRIA 4.0” é taxativo quando afirma: “só os mais preparados sobrevivem à digitalização.”
No entanto, a questão central daquilo que é a essência da organização das sociedades está em apurar se a articulação entre o saber, a necessidade, e o consumo, existe e está preparado para esta realidade que se nos afigura como sendo o futuro da indústria porque a esta interessa produzir no quadro da seguinte trilogia produtiva:
- produzir mais;
- produzir com melhor qualidade;
- produzir com menos custos;
Assim sendo, como pensam os diversos poderes responder a este desafio?
- O Governo Português lançou já uma estratégia para a INDÚSTRIA 4.0”.
- Alex Gray tem ideias sobre as 10 competências-chave para prosperar da Quarta Revolução Industrial.
- O cidadão comum também tem a sua opinião. Opinião sujeita a uma realidade conjuntural intrínseca que não tem um interruptor que se liga e desliga consoante interesse terceiro. Nesse sentido, as gerações transmitem entre si o conhecimento assimilado e necessitam de tempo para as mudanças constantes dos paradigmas porque se regem.
Importa por isso ter o senso necessário para que todas as mudanças sociais em curso e as mudanças em “tubos de ensaio”, não operem ruturas sociais profundas cujos efeitos perdurem no tempo e, das quais, não haja retorno.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90