A exemplo do pai, Tim Buckley, morreu jovem, mas deixou um disco notável, “Grace”
Se fosse vivo, Jeff Buckley faria hoje 49 anos, muito provavelmente com uma vida recheada de sucessos no mundo da música. Era isso mesmo que prometia o seu primeiro álbum “Grace”, editado em 1994. Um disco notável, mas que também seria o único a ser gravado por Jeff Buckley, que faleceu a 29 de Maio de 1997, com apenas 30 anos de idade.
A morte de Jeff continua envolta em polémica, sobre o que terá realmente acontecido naquela fatídica noite no Wolf River Harbour onde Jeff Buckley decidiu entrar no Rio Mississipi para um estranho banho nocturno. Acidente ou suicídio? Jeff Buckley entrou na água todo vestido e de botas. Mais clara é a explicação da morte de seu pai, o talentoso músico e cantor Tim Buckley que morreu em 1975, aos 28 anos, vítima de uma overdose de heroína e 
morfina.
Com uma “voz de veludo”, o jovem Jeff Buckley tornou-se na segunda metade da década de 90 num dos mais inspirados artistas da época, embora só tenha gravado um disco de originais. Sempre com uma atitude alternativa e independente, um “trovador” – a lembrar o seu pai, Tim Buckley. E tudo graças a esse excelente disco que é “Grace” e muito especialmente à extraordinária forma como Jeff Buckey interpreta a “velha” canção de Leonard Cohen “Hallelujah”(ver vídeo). Uma versão que ainda hoje é muito frequente ouvir na rádio. Aliás, há uma nova geração a descobrir a solitária obra-prima da efémera carreira de Jeff Buckley. E a descoberta vale bem a pena: dez suaves, belas, sentidas canções, quase todas elas compostas por Jeff Buckley. Foi-se o homem, ficou “Grace”…
