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Sexta-feira, Novembro 1, 2024

Cada jogador é um potencial recruta…

Rogério V. Pereira
Rogério V. Pereira
Estudou Engenharia Química no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Começou a trabalhar como Técnico de Organização Industrial e terminou no topo da carreira, como sénior manager, nas áreas da consultoria em organização e gestão.

100 milhões ligados, num jogo onde a próximidade com a realidade não é nada inocente.

Ele joga. Joga noite fora. Se alguém entra, ele cumprimenta. Cumprimenta com um sorriso e um monossílabo, pois cada segundo conta, na ânsia de regressar ao jogo.

Com ele estão mais 100 milhões ligados.Tremo.

Bato uma foto e fujo. Penso em ir investigar saber o que estão a jogar. Tremo.

Desisto de fazer o download do jogo, de o analisar por dentro, de lhe perceber a lógica e de avaliar o efeito no comportamento. Desisto pois não é preciso ir tão longe para perceber.

Quanto aos efeitos nessa multidão de jovens, ninguém está em condições de avaliar. Sendo mais que certo que são tremendos. O texto seguinte arrepia (e o que lá ficou não arrepia menos):

«Como uma resposta direta a crescente instabilidade física e política do mundo, os principais feiticeiros de Valoran – incluindo diversos invocadores poderosos – chegaram à conclusão de que os conflitos deveriam ser resolvidos de uma maneira controlada e sistemática. Eles formaram uma organização chamada League of Legends, cujo propósito era supervisionar a resolução organizada dos conflitos políticos em Valoran. Instalada no Instituto da Guerra, a Liga teria a autoridade conferida pelas entidades políticas de Valoran para governar os resultados dos conflitos organizados que eles administrariam.»

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