Ontem foi o aniversário de 75 anos do Levante do Gueto de Varsóvia, um detalhe não pequeno da Shoá (Holocausto judaico pelos nazistas). Que importância pode ter nas narrativas históricas a chacina ocorrida num subúrbio na Polônia, em meio a um conflito que arrasou o continente e deixou marcas profundas em todo o mundo, e que causou 50 milhões de mortos?Na história da Segunda Guerra Mundial, divisor de águas no século 20, a Shoá (Holocausto judaico pelos nazistas) não é detalhe pequeno. Mesmo no quadro dos doze anos de duração do regime nazista alemão, o genocídio que exterminou dois terços da população de 9 milhões de judeus europeus ocorreu num período curto, de apenas três anos, desde a decisão da Solução Final no castelo de Wansee.
Ontem foi o aniversário de 75 anos do Levante do Gueto de Varsóvia, por sua vez um detalhe não pequeno da Shoá. Que importância pode ter nas narrativas históricas a chacina ocorrida num subúrbio na Polônia, em meio a um conflito que arrasou o continente e deixou marcas profundas em todo o mundo, e que causou 50 milhões de mortos?
É óbvio que a frieza da linguagem dos números não se presta a representar a densidade do significado dos momentos e do sofrimento humano.
O Gueto de Varsóvia representa, no contexto do genocídio executado em escala industrial jamais conhecida antes, um momento épico da resistência judaica. Diante da total falta de alternativas, o espírito de luta pela dignidade tomou conta de algumas centenas de jovens que nunca haviam pegado em armas. Com armamentos artesanais contrabandeados por aliados poloneses de fora do gueto, detiveram o poderoso Exército nazista, por dois meses além do prazo estabelecido por Heinrich Himmler para a liquidação total da população judaica de Varsóvia, a maior na Europa.
O Brasil 247 realizará um programa especial, na próxima terça-feira 24, para entrar em profundidade num elenco de questões sobre aquele momento que têm relevância para o Brasil e o mundo atuais, diante da escalada fascista:
- por que o imperialismo do Terceiro Reich recorreu à obsessão pelo genocídio do que considerava povos inferiores, especialmente os judeus?
- que papel teve o ódio aos judeus dentro do sistema de ideias fascista e nazista?
- que forças inspiraram aqueles combatentes quase sem esperança?
- que papel teve a resistência no Gueto, no contexto geral no combate ao nazismo?
- como foi possível a comunicação e organização da resistência em condições tão desfavoráveis?
- que ajuda tiveram os combatentes da parte dos partisans poloneses?
- como foi possível a “Comissão da Verdade” que organizou os arquivos?
- qual o papel da literatura, da arquivística e do cinema na transmissão para novas gerações?
Por Sergio Storch | Texto original em português do Brasil
Exclusivo Editorial Brasil247 / Tornado
Receba regularmente a nossa newsletter
Contorne a censura subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.