Novo documento da Amnistia Internacional sobre a libertação de Nassima al-Sada, ativista pelos direitos humanos na Arábia Saudita, e figura proeminente na defesa dos direitos das mulheres.
A Amnistia Internacional apelou repetidamente à sua libertação, tendo reunido, só em Portugal, mais de 40 mil assinaturas e 400 mensagens de solidariedade, entregues às autoridades sauditas de forma simbólica e original.
A voz ativa de Nassima para que as mulheres pudessem conduzir e participar na vida política do país, assim como pelo fim do sistema de tutela masculina, atirou-a para a prisão em julho de 2018. Hoje, apesar da boa notícia da sua libertação, relembramos se encontra em liberdade condicional e impedida de viajar para fora da Arábia Saudita durante cinco anos.
Cerca de três anos depois de ter sido injustamente presa, a defensora de direitos humanos saudita, Nassima al-Sada, viu finalmente ser reposta a sua merecida liberdade. Apesar da boa notícia da sua libertação, relembramos se encontra em liberdade condicional e impedida de viajar para fora da Arábia Saudita durante cinco anos.
A Amnistia Internacional trabalhou incessantemente pela libertação de Nassima, quer a nível internacional, quer nacional, tendo juntado globalmente 770 mil assinaturas e, em Portugal, mais de 40 mil assinaturas e 400 mensagens de solidariedade. A entrega das assinaturas às autoridades sauditas, em Portugal, foi acompanhada de um bouquet de 40 rosas, onde cada rosa estava junta às 1.000 assinaturas que representava, simbolizando a paixão de Nassima por esta flor. Há 20 dias atrás, esta foi uma ação discreta por parte da organização, para impedir possíveis retaliações a Nassima ou a extensão da sua pena.
Ativista pelos direitos humanos na Arábia Saudita, Nassima é figura proeminente na defesa dos direitos das mulheres. A sua voz ativa para que as mulheres pudessem conduzir e participar na vida política do país, assim como pelo fim do sistema de tutela masculina, atirou-a para a prisão em julho de 2018. Enquanto esteve presa, Nassima foi vítima de maus-tratos e permaneceu em regime de prisão solitária durante cerca de um ano na prisão al-Mabahith, em Dammam, sem oportunidade de contactar a sua família, advogado ou de dirigir-se ao exterior.
A Amnistia Internacional apelou repetidamente à sua libertação, assim como de outras ativistas, detidas e presas por razões semelhantes que, por defenderem pacificamente o avanço dos seus direitos no país e a liberdade de todas, acabaram por perder a sua.
Na Arábia Saudita, embora as leis se tenham tornado mais flexíveis e as mulheres estejam autorizadas a conduzir desde 2018, continuam a existir mulheres presas por tornar essa mudança possível, sem terem conseguido ainda usufruir parte da sua conquista. A Amnistia Internacional continua a acompanhar atentamente a situação daquelas que estão ainda, injustamente, atrás das grades, por defenderem e agirem para o cumprimento dos direitos humanos no país. Todas as que contribuem de forma pacífica para o respeito dos direitos humanos na Arábia Saudita devem ver as suas acusações retiradas e ser imediatamente libertadas.