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Quinta-feira, Dezembro 26, 2024

Líbia: Americanos atacam “quartel general” do Estado Islâmico

líbia

Tropas americanas a postos para entrar na Síria e no Iraque. Jihadistas fogem para o Médio Oriente e África

Nos últimos dois dias a força aérea americana tem efectuado vários bombardeamentos aéreos com vista a atingir alvos estratégicos do Estado Islâmico (E.I), na cidade líbia de Sabratha, perto da fronteira com a Tunísia.

Segundo as agências de notícias internacionais, os últimos raides americanos, executados na Sexta-Feira à noite, destruíram “um quartel estratégico islâmico que efectuava e controlava o recrutamento de voluntários ocidentais, vários campos de treino e mataram mais de 40 jihadistas”.

Entre os alvos estava Noureddine Chouchane, considerado um dos estrategas principais do Estado Islâmico. Aliás, Chouchane foi o principal responsável pelos ataques realizados na Tunísia em 2015.

Segundo fontes da força aérea americana, “foram destruídos vários campos jihadistas nos arredores de Sabratha, a 70 quilómetros de Tripoli e morreram algumas dezenas de tunisinos que estavam ao serviço do Estado Islâmico”.

Em 2015, foram feitos alguns atentados terroristas na Tunísia a um resort turístico na cidade de Sousse e ao Museu Nacional do Bardo, em Túnis, fazendo dezenas de mortos.

O Estado Islâmico assumiu publicamente e através da Internet a autoria de ambos os ataques.

O primeiro ataque americano em solo líbio foi realizado em Novembro, resultando na morte do líder do EI Abu Nabil. Mas os serviços secretos norte-americanos estimam que o grupo jihadista tenha cerca de 5 mil combatentes no país.

O Presidente americano Barack Obama disse, na Casa Branca há uns dias atrás, que não permitiria que o grupo jihadista construísse uma base estratégica na Líbia.

“Trabalhamos com os nossos parceiros da coligação internacional para assegurar que, quando tivermos oportunidade de evitar que o EI crie raízes na Líbia, assim o faremos”

Esclareceu Obama. Mas segundo alguns especialistas em política do Médio Oriente, o Estado Islâmico soube aproveitar muito bem o vácuo de poder na Líbia após a queda do ditador Muammar Kadafi, há cinco anos.

O governo líbio reconhecido internacionalmente foi forçado a transferir-se para o leste do país, após uma aliança que inclui milícias islamitas.

E a situação na Líbia é caótica e propícia para os terroristas se sentirem protegidos e em segurança para projectar atentados um pouco por todo o mundo.

A Organização das Nações Unidas (ONU) tenta intermediar a criação de um governo de unidade na Líbia, com o objectivo de bloquear os avanços jihadistas e impedir a actuação dos traficantes de pessoas, mas até agora, os resultados são nulos.

O que levou a que os americanos optassem pelos bombardeamentos aéreos.

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