A Liga Árabe vai realizar nesta quinta-feira (17), no Cairo, uma reunião extraordinária devido à agressão israelense contra o povo palestino. Desde segunda-feira (14) o exército israelense tem atirado contra manifestantes palestinos na Faixa de Gaza, matando mais de 60 pessoas e ferindo mais de 2500, incluindo crianças.A violência por parte do exército de Israel contra o povo palestino começou no dia 30 de março, quando iniciou a Marcha do Retorno, uma série de protestos do povo Palestino para reivindicar a volta para suas terras, das quais foram expulsos ou foram obrigados a deixar como refugiados após a criação do Estado de Israel em 1948.
Na segunda-feira (14), o principal foco das manifestações foi a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, o que significou o reconhecimento da Cidade Santa como capital israelense por parte dos EUA- algo que vai contra todas as resoluções da ONU em relação a Jerusalém, uma vez que a parte Oriental da cidade é reivindicada como capital pelos palestinos.
Segundo o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit, a decisão americana é considerada pela Liga uma “clara violação do direito internacional”. A reunião de hoje, além de denunciar a agressão israelense contra o povo palestino, também tebaterá a decisão dos Estados Unidos sobre a transferência da embaixada. O secretário-adjunto da Liga Árabe, Hosam Zaki, também criticou a atitude dos Estados Unidos e chamou de “ilegal” o posicionamento do governo norte-americano.
Os países membros também deverão discutir os futuros impactos políticos e diplomáticos que a parte muçulmana terá na região. Para os principais líderes da Liga, a mudança foi uma “clara violação do direito internacional”, uma vez que a cidade não é reconhecida como a capital de Israel pela comunidade internacional.
A Liga Árabe, cujo nome é Liga de Estados Árabes, é uma organização internacional de estados árabes fundada em 1945, no Cairo, capital do Egito, por iniciativa da Arábia Saudita, Egito, Iraque, Líbano, Síria e Transjordânia (atual Jordânia) e Iêmen. Hoje, 22 países são membros da organização, que busca promover e reforçar laços econômicos, políticos e culturais, além de amenizar eventuais conflitos e disputas.
Texto original em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado
Receba a nossa newsletter
Contorne a censura subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.