Na passada semana, o Rogérito e os seus colegas fizeram mais uma redacção. Desta vez o tema sugerido pela stôra foi bem actual…
Redacção: “A livre circulação do dinheiro”
Depois da lição de matemática podia ter vindo a lição de ciência mas a stôra quis que falássemos do dinheiro e da sua livre circulação pedindo para nós dizermos o que víamos de bom e de mau nisso dentro do nosso juízo e considerando a evolução do homem e da economia somando à nossa noção de livre circulação coisas morais de elogio ou de censura e eu por este inusitado tema suspeito que a stôra o deu porque ela própria anda baralhada com o que se anda a dizer por aí da massa que circulou para os ofechoras e de outras trapalhadas feitas pelo senhor Núncio que foi secretário e que não é o das touradas.
Indo aos primórdios da humanidade a economia primitiva funcionava à base de escambo que era a simples troca de mercadorias sendo que uma das de mais valor era o boi o que para os dias de hoje é coisa impraticável de fazer circular pensando que numa sala de 100 metros quadrados como é a da suite 605 algures na ilha da Madeira é espaço muito limitado para por lá passar os bovinos amealhados pela Pepsi somados aos bois circulados pela Usal e pela Sonangol e por mais de oitocentas empresas lá sediadas e foi porque a humanidade não conseguiu resolver isso que inventaram os paraísos fiscais os bancos as empresas com sede na Holanda e os secretários de estado das finanças.
Parecida com a Madeira porque funciona da mesma maneira há muitos outros locais e um deles de que gostamos mais fica num sítio chamado Panamá que eu ainda não sei onde fica pois só para a semana é que vai ser dada a lição de geografia e é para lá que vai saindo o guito sem que o Governo dê por isso pois a livre circulação tem esse requisito de os Governos não darem por isso.
O que eu gostava mesmo é que se voltasse à economia de troca pois seria impossível ao Estado ver passar uma manada de 10 mil milhões sem dar por nada.
A livre circulação do dinheiro é uma coisa muito boa eu é que não vejo um boi!
Me assino
Rogérito
(com os impostos em dia)
Artigo publicado originalmente no blog Conversa Avinagrada
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