Sempre tive presente que os mares do Índico trazem consigo algo de mágico no restrito planeta das artes.
A verdade é que a “pérola do Índico” é banhada pelo oceano e quem lá se banha, marcará a diferença no mundo, dizem os búzios da inhaca.
Luís Soares, mestre da pintura e da cerâmica que tem o talento como bênção e é um navegador de todas as artes plásticas, confirma todas as sinas que um qualquer feiticeiro de Marracuene ou da Munhava predisseram.
Ninguém como ele passa com tanta mestria do gesto ao signo e do signo à figura.
Revelador de uma capacidade sui generis de criador artístico compulsivo, integra uma lista de elite proveniente de Moçambique que incluí nomes como Chichorro, Malangatana, Chissano, Shikani, Pádua, Naguib, Matsinhe, Canotilho, Morais, Maluda, entre outros.
Nele em especial a arte e a vida instalaram os seus movimentos perpétuos, os eternos retornos, desencadeados pelo sonho dos ventos invisíveis da criação que se vão tornando visíveis.
A arte revela-nos o ser em toda a sua extensão com uma noção de espaço alargada que vai da África profunda atingindo os cumes da Península Ibérica.
A sua policromia não engana.
Podemos então dizer que a poesia Índica do pincel navegou do Zambeze ao Tejo atracando serenamente em Cascais.
Bayete pois Poeta do Pincel!
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