Esta madrugada, mais de 400 refugiados morreram afogados no Mediterrâneo quando os barcos onde seguiam para tentar chegar à Europa naufragaram, disse à BBC o embaixador da Somália no Egipto.
Algumas testemunhas referiram que os refugiados eram oriundos da Somália, Etiópia e Eritreia e estavam divididos por quatro barcos, que tentavam chegar a Itália.
Em resposta às notícias de mais uma tragédia, os Médicos Sem Fronteiras publicaram no Twitter: “2016, o Mediterrâneo é uma vala comum”. Entretanto, o presidente italiano, Sergio Mattarella confirmou que várias centenas de pessoas terão morrido no Mediterrâneo esta madrugada.
O responsável defendeu que a Europa precisa de reflectir, após “mais uma tragédia no Mediterrâneo, na qual, várias centenas de pessoas terão morrido”.
Acidente pode ser início de vaga de 100 mil novos migrantes
A guarda-costeira italiana afirmou, no entanto, não ter ainda pormenores sobre o desastre e os Médicos Sem Fronteiras não conseguiram ainda confirmar a notícia, revelou o The Independent.
Ao início da manhã, a Itália divulgou que 108 refugiados foram salvos e seis corpos recuperados de um barco de borracha semi-submergido.
Esta tragédia surge quase um ano após um barco de pesca com refugiados ter afundado no Mediterrâneo, com cerca de 800 pessoas dentro.
Quase seis mil refugiados aventuraram-se, na semana passada, a navegar da Líbia para Itália, no que aparenta ser o início de uma onda de mais de 100 mil novos migrantes, sustentou a International Organisation for Migration.