Na manhã de sábado cumpri o que se vem tornando uma habitual tarefa – desmentir a manchete do EXPRESSO (por acaso, de nenhuma novidade, de escassa verdade, de nenhum rigor) – para dar conta que nunca obtive qualquer mestrado na Sorbonne.
Julgo, portanto, difícil tirarem-me o que nunca tive. O meu mestrado foi obtido em Sciences Po.
Reafirmo pela enésima vez: o Dr. Domingos Farinho não escreveu nenhuma parte original da minha tese de mestrado. Eis as declarações do próprio:
tudo o que escrevi na tese do engenheiro Sócrates diz respeito a referencias bibliográficas e/ou citações de autores, quer no corpo de texto quer em notas de rodapé , além da normal revisão de texto que me pareceu pouco claro ou que, formalmente, me parecia ficar melhor de outro modo, muitas vezes consistindo em propostas de passar referencias do corpo de texto para notas de rodapé ou vice-versa”
Esta “especial” ajuda de revisão, formatação e aparato técnico do texto, foi em tudo, semelhante às sugestões de dezenas da amigos a quem dei a ler o meu trabalho e a quem pedi opinião crítica. Como é norma, seguida e aconselhada no processo de elaboração das dissertações académicas. Não lhe agradeci publicamente, a ele como a nenhum dos tantos mais que contribuíram com as suas críticas e sugestões.
Quem ler os mails que troquei com o Dr. Domingos Farinho ao longo de todo o processo de elaboração da tese, dificilmente e honestamente encontrará (mais exatamente, não encontrará) fundamento sério para as suspeitas aventadas. Trata-se afinal do padrão de comportamento do Ministério Publico – substituir provas por maledicência. Aí, sim, pode o EXPRESSO encontrar a fraude.
Sábado, 16 de Fevereiro de 2019
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90