Militares portugueses podem ser chamados a ajudar no combate aos grupos terroristas que já controlam quase metade do Mali
Segundo algumas fontes militares portuguesas a que o TORNADO teve acesso, “a acção militar francesa levada a cabo no Mali parece ter rendido alguns pontos estratégicos a François Hollande”, Presidente da França.
Aliás, a intervenção francesa na sua ex-colónia africana, nas últimas pesquisas de opinião, surpreenderam muitos analistas especializados em terrorismo internacional.
A operação militar francesa, que teve início na Sexta-Feira, dia 12 de Fevereiro, tem, segundo o Presidente François Hollande, “o objectivo único de impedir que grupos rebeldes islâmicos que controlam o norte do Mali assumam o controlo de todo o país”.
De acordo com uma fonte das Forças Armadas Francesas, “uma força regional, composta por tropas de vários países da África Ocidental, chegará ao Mali nos próximos dias, com o principal objectivo de auxiliar os militares franceses nas operações contra os grupos insurgentes e jihadistas que se têm vindo a fixar, no norte do país”.
Segundo os termos de um acordo firmado em Outubro passado, a França deveria liderar uma missão europeia que daria treinos especializados com apoio logístico a uma intervenção promovida pelo bloco militar da Comunidade Económica dos Estado da África Ocidental (CEdEAO). Ou seja, não estava previsto que a França participasse nos combates. Mas a realidade no terreno demonstra exactamente o contrário. Há muito tempo que soldados legionários franceses actuam no terreno e na frente de batalha.
O Presidente francês, François Hollande, já repetiu várias vezes que “se o Mali se converter em refúgio de insurgentes islâmicos, a segurança europeia estaria em risco”. Mas além da segurança europeia, o que mais importa é compreender o que estará por trás da decisão francesa em intervir no conflito da ex-colónia africana.
E segundo Paul Melly, um analista da BBC em temas africanos, “os rebeldes islâmicos, alguns dos quais têm ligações fortes com a rede da Al-Qaeda, já controlam metade do Mali, e a chance de que venham a controlar todo o território do país não é de todo remota”.
Ainda não é certo que tropas portuguesas venham a entrar neste cenário de guerra, “mas tudo aponta para que uma missão portuguesa venha a ajudar os militares franceses no Mali”.
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