Poemas de Delmar Maia Gonçalves
I
Mamã
deixa-me gritar
a voz da revolta
amordaçada pelo tempo
Não quero
que a esperança morra
Porque em mim
acordou insónias!
II
“Vozes”
Vozes ancestrais
me murmuram
Com que propósitos
me murmuram?
Vozes ancestrais
me segredam
Com que propósitos
me segredam?
Vozes de silêncio
se lamentam
Porque razões
se lamentam?
III
“Vozes anoitecidas pelo silêncio”
Vil tristeza
revolve-me as entranhas
Vãos desejos
de vendetta me inquietam
Clamados são
por vozes anoitecidas
pelas grades do silêncio.
IV
“Murmúrio dos novos tempos”
Em berço ancestral
era eu a ausência consumada
o silêncio sufocado
Mas nem sempre
fui silêncio…
Fui talvez
o murmúrio
dos novos tempos.
V
Mãe
minha pátria
é o teu solo.
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