Situadas no desactivado espaço do Instituto da Vinha e do Vinho, com tecnologia de ponta, vão permitir um aumento de produção na ordem dos oito milhões de litros de vinho por ano. Incluem também uma vertente sócio comercial ligada à comercialização de vinhos e ao enoturismo.
Na cerimónia de inauguração, o Presidente da República recordou a importância que o cooperativismo teve no país, na medida em que contribuiu para o fomento do espírito de entreajuda entre os produtores agrícolas. Marcelo Rebelo de Sousa salientou o renascimento que se está a assistir na agricultura nacional, décadas depois de se ter pensado que Portugal seria um país quase exclusivamente reservado ao sector dos serviços.
Também presente na cerimónia esteve o secretário de Estado das Autarquias Locais, o torriense Carlos Miguel, que relembrou ao Presidente da República o facto de o concelho ser o maior produtor vitivinícola do país e de neste momento o sector vinícola do Oeste estar ao nível dos melhores de Portugal.
Já o presidente da Câmara Municipal, Carlos Bernardes, explicou o esforço que está a ser realizado neste momento para a promoção dos vinhos da região, como é exemplo a iniciativa Vinho nas Linhas que está a ser levada a cabo na Feira de S. Pedro, de forma a tornar Lisboa a “capital mundial do vinho”.
O presidente da Adega Cooperativa de S. Mamede da Ventosa, Luís Santos, recordou que as cooperativas desempenham um importante papel social na medida em que recebem uvas de produtores que não têm capacidade para vinificar.
A Adega de S. Mamede da Ventosa existe há 60 anos. Conta com 480 associados que produzem por ano aproximadamente 25 milhões de quilos de uvas, sendo 12 por cento brancas, o que dá origem a cerca de 20 milhões de litros de vinho. Cerca de 95 por cento da produção é exportada, principalmente para os países lusófonos, mas também para outros mercados como a China, o Iraque, a Rússia, o Canadá e os Estados Unidos da América.