Marcos Kostenbader Valle é um compositor, cantor, instrumentista e arranjador brasileiro. Com 76 anos de idade e 50 de carreira, Marcos nasceu no Rio de Janeiro e começou a estudar piano clássico aos 6 anos de idade.
Desde menino a pop esteve presente, pois adorava ouvir no rádio os êxitos norte-americanos. Já na adolescência, a principal influência foi o rock-and-roll, de tal forma que ainda hoje cita “Be Bop a Lula” como uma das canções que mais o marcaram. Formou-se em piano e teoria musical em 1956 e iniciou sua carreira artística em 1961. Considerado como um dos integrantes da segunda geração da bossa nova, a sua primeira formação foi em trio, juntamente com Edu Lobo e Dorival Caymmi, a que chamaram Tamba Trio. Por essa altura começou a compor as primeiras músicas, numa parceria com o irmão Paulo Sérgio Valle.
O primeiro disco saiu em 1963, com a canção “Sonho de maria”. Ainda nesse ano lançou o seu primeiro disco, “Samba demais”, que incluía canções suas com Paulo Sérgio, mas também temas de Tom Jobim, Johnny Alf e Roberto Menescal, entre outros. O disco foi um sucesso e ganhou vários prémios. Os convites para concertos começaram a surgir de todos os lados e Marcos abandonou o curso de Direito no segundo ano. O Brasil perdeu um possível advogado, mas ganhou um astro maior da sua expressão musical.
A sua primeiro grande música foi “Samba de verão”. Composta em 1964 com seu irmão e cantada em duo com Patrícia Marx, resiste ao fim de 55 anos como sua assinatura musical, a sua música mais conhecida, que se tornou um ícone da bossa nova. Logo nesse ano, “Samba de verão” atinge o segundo lugar do top americano, fruto da excelente letra em inglês, assinada por Norman Gimbel. Celebrizada na voz de Walter Wanderley em 1966, a canção tem conhecido inúmeras versões por artistas conceituados e desconhecidos, que aproveitam o seu balanço cool para destacarem os seus dotes de arranjo e interpretação.
Em 1965, participou num espetáculo em São Paulo, cujo título era “A bossa no Paramount”. No alinhamento incluiu 2 canções inéditas: “Preciso aprender a ser só” e “Terra de ninguém”. Escritas de novo em parceria com o sue irmão, estas canções viriam a tornar-se emblemáticas na sua carreira. A segunda foi cantada em duo com uma jovem cantora de Porto Alegre, que dava os primeiros passos na ribalta da música brasileira. O seu nome era Elis Regina, mas também ficou conhecida por Pimentinha ou Furacão. A versão a duo de “Terra de Ninguém” tornou-se de imediato um estrondoso sucesso.
Nesse mesmo ano lançou novo disco, com o nome “O compositor e o cantor Marcos Valle”. O álbum incluiu temas como “Samba de verão”, “Preciso aprender a ser só”, “Gente”, “A resposta” e “Deus brasileiro”. Foi de novo um enorme sucesso. Ainda em 1965 viajou para os Estados Unidos, onde fez parte durante sete meses do conjunto musical de Sérgio Mendes. Com este grupo atuou em teatros, bares, universidades e no programa de televisão de Andy Williams, com quem gravou “Summer Samba (So Nice)” e “The Face I Love (Seu Encanto)”. Gravou ainda um single com “All my Loving”, dos Beatles, em ritmo bossa nova. Depois regressou ao Brasil.
Em 1966, já no Rio de Janeiro, Marcos começa a gravar algumas músicas para o que seria seu terceiro álbum, que não chega a concluir. Em 1967 volta aos Estados Unidos e lança “Braziliance! A música de Marcos Valle”, um disco instrumental que inclui temas como “Samba de verão”, “Os grilos”, “Preciso aprender a ser só”, “Batucada surgiu”, “Deus brasileiro”, “Se você soubesse” e “Tanto andei”. Ainda nesse ano grava “Samba 68″, para a mítica Verve Records, um disco que inclui alguns de seus maiores sucessos cantados em inglês. As vozes são de Marcos e sua esposa Annamaria, os arranjos são de Eumir Deodato e a produção de Bob Morgan e Ray Gilbert. Com saudades do Rio e assustado com a possibilidade de ser recrutado para o exército americano na Guerra do Vietname, Marcos regressa à pressa ao Brasil e desembarca no aeroporto do Galeão nos últimos dias desse ano.
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