Com o respeito devido a uma superiora hierárquica, responsabilizou-a pelas escassas aprendizagens dos alunos, pelo sofrimento da faxineira e pelo perturbador barulho provindo da sala da ausente directora.
Para que se entenda o cenário do drama, explicarei o que era um conselho escolar. Nas manhãs de Sábado, dado que, durante a semana, cada qual se refugiava na solidão da sua sala de aula, não havia assunto de conversa comum. As professoras controlavam o tédio de três horas de reunião, tricotando, comentando episódios de novela, comprando produtos de beleza…
A inusitada interpelação da Maria provocou forte reacção da directora:
– Não lhe admito impertinências! Quem manda aqui sou eu! E não lhe devo explicações!
Por ali se quedou o quiproquó, concluindo-se a reunião com a rotineira assinatura da obrigatória acta, feita de assuntos que a Maria sempre se encarregava de inventar.
Naquele sábado, ela registou em acta a ocorrência e a resposta dada pela directora.
(continua)
Leia Maria I