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Sábado, Novembro 2, 2024

Maternidade

Guilherme Antunes
Guilherme Antunes
Licenciado em História de Arte | UNL

Por esta altura, Almada começa a interligar a luz na cor. Luz que vem da direita para esquerda, possuindo um cromatismo com base nas cores primárias.

Extraordinária composição, enérgica, onde a fragilidade da criança se deixa envolver em diagonal, numa arquitectura (da mãe) “inexpugnável”.

Podemos, mesmo, pensar que há uma teia intelectual do pintor que faz sugerir uma certa influência picassiana, que este abandonará rapidamente.

Nota da Edição

almadaAlmada Negreiros

(1893-1970)
Foi artista plástico, escritor e coreógrafo. Durante quase meio século ocupou um lugar de destaque na criação e no triunfo do modernismo em Portugal.

De sua actividade como escritor sobressai a colaboração nas revistas Orpheu (1915) e Portugal Futurista (1917), bem como o romance Nome de Guerra e a obra poética A Invenção do Dia Claro. Escreveu também artigos diversos em jornais e revistas, enquanto ensaísta e crítico.

É, porém, a sua actuação na pintura o que mais se destaca na sua produção artística, embora tenha igualmente executado vitrais, mosaicos e tapeçarias, entre outras artes plásticas, contribuindo para a formação e para o desenvolvimento do modernismo em Portugal.

Além de diversos quadros a óleo, distinguem-se os magníficos painéis dos portos marítimos de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos. Nestes últimos, retrata a emigração portuguesa de forma realista e comovente, expressando-se como sempre em tons fortes e vibrantes, com predominância de amarelos e azuis.

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