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João de Sousa

Terça-feira, Julho 16, 2024

A nossa Democracia

Joaquim Jorge, no Porto
Joaquim Jorge, no Porto
Biólogo, Fundador do Clube dos Pensadores

Matosinhos é único concelho do país onde se protesta contra a oposição. A oposição é um spin off do executivo, a oposição faz oposição à oposição, em vez de fazer ao executivo, isso, não passa por ser sempre do contra.

Sem querer utilizar este espaço de opinião, para interesse em causa própria, pois, declaro o meu registo de interesses: estou num processo de candidatura independente à CM Matosinhos, no movimento cívico Matosinhos Independente. Contudo acho importante, para quem se interessa por estas coisas, dar conhecimento público.

No último encontro do Matosinhos Independente, o ex-eurodeputado Manuel dos Santos, meu convidado sobre o tema Pensar Matosinhos, afirmou publicamente que recebeu ao longo da última semana pressões para não estar presente. Eu fiquei incrédulo perante tal desfaçatez e descaramento.

Há forças políticas e pessoas que parecem enroscados no interior do Palácio com uma lógica de transmissão de poder feudal.

A política é um sistema que deve dar igualdade de oportunidades a cada um de nós na sua vida profissional e privada, mas também, deve dar igualdade de oportunidades na vida pública e política. A política não é só para os militantes e partidos políticos. Os independentes segundo a Constituição podem concorrer à Presidência da República, assim como, às autarquias.

Matosinhos é único concelho do país onde se protesta contra a oposição. A oposição é um spin off do executivo, a oposição faz oposição à oposição, em vez de fazer ao executivo, isso, não passa por ser sempre do contra.

Dizer o que está mal não é fazer política baixa, exigir que se preste contas não é política baixa. O que é política baixa é usar dinheiros públicos numa gestão capciosa com o intuito de se perpetuarem no poder.

Como diz o pensador francês Claude Lefort,” a democracia é um sistema que não pára de questionar-se a si mesmo”.

A democracia suscita dúvidas, inquietação e decepções. A democracia está doente, está mal, muita gente não vota.

Se a lei permite que candidaturas independentes possam concorrer a eleições, a democracia deve criar mecanismos de apoio a essas candidaturas: simplificar o processo logístico e burocrático de recolha de assinaturas, permitir a divulgação das suas ideias e pontos de vista, ter espaços para reunir com os seus apoiantes e simpatizantes, entre outros.

 

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