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João de Sousa

Terça-feira, Julho 16, 2024

Media e Regimes: Governos, spreads e crescimento económico…

Como a guerra económica mudou o interesse dos Estados no controlo da informação. Análise do papel da inteligência económica e da informação como instrumento estratégico não só para as empresas mas também para o Estado.

E se a manipulação da informação se tiver tornado o novo campo de batalha entre os Estados? Se a narração dos factos for concebida e preparada de modo a abalar governos, alterar spreads, controlar um Estado ou incidir substancialmente sobre o sistema económico condicionando crescimento e emprego? A nós, Portugueses, estas questões soam-nos como ecos do que, nesta última década, se passou neste País que somos… Questões a que “il nostro eccellente amico” Giuseppe Gagliano responde no seu recente livro  “Guerra Economica, Cognitiva, dell’Informazione – Lo Stato dell’Arte”.

Gagliano é presidente do Centro de Estudos Estratégicos Carlo de Cristoforis (Cestudec) e autor de vasta bibliografia sobre chega ao cerne do debate sobre a guerra económica e o papel da inteligência económica como ferramenta estratégica não apenas para as empresas, mas também para o Estado.

“Do ponto de vista político, afirma Gagliano, o presidente Francesco Cossiga já tinha entendido claramente o papel da guerra económica em 1989 e como ela substituiria parcialmente a militar, tornando necessárias mudanças significativas na organização dos serviços de inteligência e de segurança”.

Hoje, “a inteligência económica é um instrumento da guerra económica em andamento no cenário multipolar”, escreve Gagliano. Motivo? A inteligência económica é “o carro-chefe das políticas de guerra económica e é com base nisso que a colaboração entre o Estado e as empresas é ainda mais necessária. É um elemento-chave para empresas e Estados, pois os mercados financeiros representam o cérebro de todo o sistema económico: se eles falharem, não apenas os lucros do sector serão mais baixos, mas também o desempenho de todo o sistema económico de um país fica comprometido.”

Gagliano mostra ainda como, num mundo onde a tecnologia evolui muito rapidamente, “a sociedade da informação mudou a estrutura operacional da guerra económica. O potencial ofensivo do agressor é, de certo, ampliado pelas tecnologias da informação”.

Também as multinacionais e ONG vêem aqui desmistificadas muitas das suas “narrativas” fundacionais. Muitas (quase todas…) das “multinacionais” são, de facto, nacionais e quase todas as grandes ONG (vidé Green Peace) são, de facto, empresas e negócios multinacionais…

A realidade posta a nu por Gagliano está bem longe da narrativa neo-liberal, do discurso daqueles que acreditam piamente e pregam que o Estado não deve intervir na economia cujos destinos deve deixar exclusivamente aos cuidados do “mercado” (ou dos interesses que o dominam).

Synopsis

“L’intelligence economica costituisce uno strumento indispensabile per salvaguardare la sovranità economica di un paese e quindi la sua indipendenza.

L’intelligence economica può essere efficacemente attuata solo dopo la piena comprensione della guerra economica e delle altre forme di belligeranza che passano dall’informazione, i dati e la conoscenza.

Non considerare questo legame è un errore metodologico grave. Così come lo è pensare di porre in essere un dispositivo efficace di intelligence senza prima avere conseguito una adeguata sovranità economica e militare nello scenario multipolare.

Lo scopo di questo libro, che si avvale di contributi di analisti e studiosi di questi fenomeni, è proprio quello di fare il punto sullo stato dell’arte di queste nuove e moderne forme di belligeranza. Ne emerge la centralità della intelligence economica come strumento difensivo e insieme offensivo volto a consolidare – o a conseguire – la sovranità economica senza la quale la libertà è solo un’illusione.

Nella parte finale del libro sono raccolti gli interventi dell’autore sugli scenari internazionali nei quali si dispiega la guerra economica.”


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