Acompanhei de perto os exercícios das tropas da NATO “Trident Juncture 2015” (que movimentou mais de 36 mil soldados em Portugal, Espanha e Itália) e a “FELINO – CPLP 2015”. Sei de fontes militares que as tropas especializadas portuguesas estão preparadas para entrar numa força internacional que venha a actuar na Síria e no Iraque.
O que se passou em Paris é a imagem do que poderá acontecer em outras capitais europeias: Berlim, Bruxelas, Madrid, Roma, Amesterdão, Londres ou Viena.
Não defendo a GUERRA, mas acho que chegou o momento de pôr um ponto final nesta barbárie. Neste fanatismo jihadista que tem vindo a decapitar pessoas inocentes e matar milhares de cidadãos um pouco por todo o Médio Oriente.
É evidente que o Ocidente está a ser vítima dele mesmo. É caso para dizer que se virou o feitiço contra o feiticeiro. Todos quiseram facturar milhões na venda de armamento ao Estado Islâmico (EI) e neste momento sofremos na própria pele a eficácia desse mesmo armamento.
Mas o Estado Islâmico (EI) não se vai ficar apenas por estes atentados. Os serviços secretos norte-americanos, israelitas e ingleses já alertaram para o potencial de armamento químico na posse nos jihadistas fanáticos, provenientes do Irão. E tudo leva a crer que de um momento para o outro, podemos entrar numa guerra química.
Muitos jihadistas entraram na Europa com os refugiados
Muitos dos jihadistas aproveitaram o fluxo migratório proveniente da Síria para se infiltrarem na União Europeia. A Rússia que chegou a pôr a hipótese de não ser alvo do Estado Islâmico (EI), foi obrigada a reconhecer publicamente que foram os jihadistas que deitaram abaixo o airbus A321 russo na Península do Sinai (Egipto), provocando a morte de 224 passageiros, entre e, muitas crianças.
Neste preciso momento em que escrevo este artigo, contam-se em Paris mais de 150 mortos. O pânico na cidade Luz é geral. E a maioria dos países da União Europeia estão em alerta máximo.
Na minha singela opinião o Ocidente deve cortar o mal pela raíz. Isso quer dizer, que os militares ocidentais vão ter que actuar onde estão as principais células do Estado Islâmico (EI): Síria e Iraque.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), o ex-primeiro ministro norueguês Jens Stoltenberg, disse esta noite o seguinte:
“Estou profundamente chocado com os terríveis ataques terroristas desta noite, em Paris. Os meus pensamentos estão com as famílias das vítimas, com todos os afectados e com o povo da França. Nós estamos fortes e Unidos na luta contra o terrorismo. O terrorismo nunca vai derrotar a democracia”.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, pedia a todos os chefes de estado ocidentais para que se unissem para combater estes terroristas fanáticos. “Temos que combater estes terroristas fanáticos, onde quer que eles se encontrem”, afirmou Obama.
Em contacto com um militar português que faz parte do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) ficamos a saber que:
“as tropas especiais portuguesas estão mais do que preparadas para combater os terroristas islâmicos na Síria ou em qualquer parte do Médio Oriente”.