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Domingo, Julho 28, 2024

Mindfulness é só para ricos?

Nélson Abreu, em Los Angeles
Nélson Abreu, em Los Angeles
Engenheiro electrotécnico e educador sobre ciência e consciência. Descendente de Goa, nasceu em Portugal, e reside em Los Angeles.

A meditação e outras práticas muitas vezes parecem ser restritas às classes média e alta. No entanto, aqueles que passam pelo stress de dificuldades económicas, físicas e emocionais estão entre os que mais podem beneficiar.Estudos recentes mostram que alunos que lidam com os efeitos da pobreza em casa, tem dificuldades para a aprendizagem. Também podem sofrer problemas de saúde como diabetes e depressão, inflamação, níveis altos de tensão arterial, adrenalina e cortisol.

O mindfulness como exercício de respiração e o yoga ajudam a reduzir a ansiedade e aumentar o relaxamento e a atenção. É particularmente importante para alunos e até adultos que sofrem os efeitos traumáticos de drogas, morte na família, abuso e fome.

Tudo isto pode causar reduções cognitivas, transtornos pós-trauma e comportamentos que perpetuam desvantagens económicas. Crianças que crescem com trauma podem chegar a adultos mais doentes, com menos oportunidades e com longevidade inferior.

Por isso, é importante considerar os benefícios de equipar aqueles com menos vantagens não só com oportunidades e recursos convencionais financeiros e educacionais, mas também com ferramentas da consciência para o bem-estar físico e emocional, criatividade e auto-superação. O yoga e a meditação, por exemplo, não devem ser meros hobbies das classes média e alta. Podem ser ferramentas da justiça social.

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