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Sexta-feira, Novembro 1, 2024

Ministra de Angola defende encontro entre Escolas de Medicina da CPLP

A Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), Maria do Rosário Bragança, declarou na sessão de encerramento do 1º Congresso Internacional de Medicina da UPRA que iria apoiar a Universidade Privada de Angola na dinamização de um encontro entre Escolas de Medicina da CPLP.

O 1º Congresso Internacional de Medicina da UPRA promovido e realizado nos dias 8 e 9 de Julho de 2021 por esta prestigiada Instituição de Ensino Superior (IES), em formato virtual para estar adequado ao contexto pandémico da covid-19, teve como parceiros a Federação Mundial para a Educação Médica e o Centro Policlínico Universitário (CEPOU) de Luanda.

A sessão de abertura do Congresso, no dia 8, recorde-se, incluiu a presença da Ministra da Saúde de Angola, Sílvia Paula Valentim Lutukuta, que na sua intervenção felicitou a UPRA pela organização do evento. Nesta sessão estiveram também presentes o Magnífico Reitor da UPRA, Carlos Pinto de Sousa, Manuel João, promotor da UPRA, membros do Conselho Reitoral, dentre outros dirigentes, e os Secretários de Estado da Saúde e da Área Hospitalar, Franco Mufinda e Leonardo Inocêncio, respectivamente.

Em relação aos participantes à primeira sessão registaram-se prelectores nacionais e internacionais de elevado gabarito, tais como, Rogério Gaspar (Organização Mundial da Saúde), Fausto J. Pinto (Director da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa), Filomeno Fortes e Jorge Seixas (Instituto de Higiene e Medicina Tropical da UNL), José Franco Dias (Coordenador Nacional do Programa da Malária), José Belchior da Silva (UPRA), Carla Nunes (Escola Nacional de Saúde Pública da UNL), Vasco Matemba (UPRA), Carlos Socarrás e Rúben Torres Cardenas (CEPOU), David Uip (Faculdade de Medicina ABC do Brasil) e tantos outros peritos da saúde e de mais áreas do conhecimento científico.

Yamila Planas

No segundo dia do Congresso o nível quantitativo e qualitativo de participantes manteve-se, com significativo destaque com as participações de José Belchior da Silva (UPRA), Milton de Arruda Martins (Universidade de S. Paulo), David Gordon (Federação Mundial para a Educação Médica /WFME), Óscar Proença Dias (Universidade de Lisboa), Miguel Roberto Jorge (IHMT-UNL),  Patrícia Rosado Pinto (Universidade Nova de Lisboa), Helga Reis Freitas (DNSP), Fernando Cupertino (Prof. Catedrático da Universidade Federal de Góias do Brasil), Paulo Campos (Maternidade Lucrécia Paim), Caio Parente Barbosa (Faculdade de Medicina do ABC – Brasil), Marina Machado Coelho (UNFPA), M. Azancot de Menezes (Vice-Reitor da Área Académica – UPRA), Yamila Planas (Pró-Reitora para o Ensino à Distância – UPRA), Silvana da Rocha Silveira (Pró-Reitora para a Avaliação, Desenvolvimento e Inovação – UPRA), entre muitos outros notáveis académicos e investigadores.

UPRA deve dinamizar um encontro entre Escolas de Medicina da CPLP

A Ministra do do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), Maria do Rosário Bragança, felicitou a UPRA pela excelente iniciativa, nomeadamente pelo “sentido de responsabilidade social”, afirmando que os objectivos do congresso foram atingidos, por ter “juntado cerca de 500 pessoas em dois dias” e por ter contribuído para a “melhoria e reforço da qualidade da literacia em saúde”.

No seu discurso, Rosário Bragança, numa altura em que se aproxima a realização da Cimeira de Chefes de Estado da CPLP, a ter lugar em Luanda nos próximos dias 16 e 17 de Julho, a realizar em Angola, afirmou que “apoia a UPRA a dinamizar um encontro que congregue  escolas de medicina da lusofonia” .

Educação Médica na perspectiva da Associação Médica Mundial

No painel de encerramento, sob moderação de José Belchior da Silva, prestigiado académico da UPRA, registaram-se duas excelentes intervenções vindas do Brasil e de Inglaterra, respectivamente de Milton de Arruda Martins, Prof. Catedrático da Universidade de S. Paulo e de David Gordon, Presidente da Federação Mundial para a Educação Médica de Inglaterra e Emérito Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Manchester.

David Gordon

David Gordon começou por explicar que a Federação Mundial para a Educação Médica (World Federation for Medical Education – WFME) faz uma listagem de todas as escolas de medicina do mundo, onde devem constar informações detalhadas e actualizadas sobre cada instituição. Segundo Gordon, um dos principais objectivos é ajudar os estudantes com potencial e as autoridades regulatórias médicas na tomada de decisões, mas também informar os pesquisadores sobre as características dos programas actualizados sobre educação médica em todo o mundo.

No âmbito deste painel sobre a educação médica:

Concluiu-se que é um tema multifacetado, em que, pela essência médica, busca um grandioso equilíbrio entre a arte e a ciência, exigindo dos países adopção de medidas concretas para a formação de médicos qualificados.

 

Recomendações do 1º Congresso Internacional de Medicina da UPRA

Conforme é ressaltado no comunicado final (Recomendações do 1º Congresso Internacional Medicina UPRA) lido por José Ribeiro, Vice-Reitor da Área Científica e Pós-Graduação da UPRA:

Assistiram e participaram do Primeiro Congresso Internacional de Medicina da UPRA, cerca de 531 pessoas, entre profissionais de distintas especialidades da saúde e outras áreas de conhecimento, decisores políticos, investigadores, docentes, não docentes, discentes, dos cinco países envolvidos no Congresso, nomeadamente: Angola, Brasil, Cuba, Inglaterra e Portugal.

José Ribeiro

José Ribeiro referiu-se também à importância da criação de uma “Rede de Doenças Tropicais e Medicina do Viajante em Português”:

Recomenda-se a criação de uma Rede de Doenças Tropicais e Medicina do Viajante em Português, que terá um carácter eminentemente virtual com vista a garantia da colaboração com outras redes europeias, americanas ou africanas de objetivos similares.

Para além de outras recomendações o Congresso também se referiu à “perspectiva da saúde pública com a covid-19”:

Em relação à perspectiva da Saúde Pública com a Covid-19, urge a necessidade de fortalecimento do sistema de vigilância epidemiológica, laboratorial e genómica, bem como à observância dos aspectos éticos, bioéticos e deontológicos por parte das diferentes áreas de forma multissectorial com base na filosofia de uma só saúde”.

Rosário Bragança e Manuel João

O 1º Congresso Internacional de Medicina da UPRA realizado em Luanda nos dias 8 e 9 de Julho de 2021, para além das conferências e mesas redondas com temáticas pré-definidas, com o apoio de médicos e académicos do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da UNL e do Centro Policlínico Universitário (CEPOU) de Luanda, inaugurado em 2021 pela Ministra do MESCTI e pel Secretário de Estado para a Área Hospitalar, incluiu vários temas livres e cursos pré-congresso.

Temas Livres:

  • Determinantes da saúde ambiental;
  • Micoses Sistémicas;
  • Malnutrição e Atrepsia;
  • Combate aos vectores e hospedeiros intermediários;
  • Cooperação Técnica entre Países num mundo global;
  • Pesquisa Científica e divulgação /comunicação;
  • Tecnologia e Inovação na Saúde Pública;
  • Entomologia Médica;
  • A importância da psicologia na Saúde Pública.

Cursos Pré-Congresso:

  •  Sessão de introdução às Emergências Humanitárias: IHMT- Portugal
  • Curso de Biossegurança em Laboratório;
  • Gestão da informação para investigação em saúde;
  • Bioestatística com recurso ao SPSS;
  • Transudato versus Exsudato (Derrame pleural e seu manejo);
  • Formação de pontos focais para a gestão institucional dos casos de Covid-19;
  • Medicina baseada em evidência;
  • Avaliação do dano corporal em vítima de abuso sexual.

 


por Luís dos Santos, Angola

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