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Sexta-feira, Novembro 1, 2024

Ministro de Angola defende na UPRA criação de um observatório agrícola

O Ministro da Economia e Planeamento de Angola, Dr. Sérgio Santos, durante o lançamento de uma obra sobre Políticas de Desenvolvimento Agrário que teve lugar na Universidade Privada de Angola recordou as potencialidades agrícolas do país, a importância do equilíbrio da balança alimentar e da criação de um observatório agrícola.

As palavras do ministro da Agricultura e Planeamento da República de Angola, Dr. Sérgio Santos, foram proferidas no Anfiteatro da Universidade Privada de Angola (UPRA), no dia 14 de Novembro de 2020, no âmbito do lançamento de uma importante obra intitulada “Políticas de Desenvolvimento Agrário – Redução de Importações: uma estratégia prioritária para Angola”.

A mesa foi presidida pelo Ministro da Economia e Planeamento, Dr. Sérgio Santos, e incluiu o Magnífico Reitor da UPRA, Prof. Doutor Carlos Pinto de Sousa, um dos autores, Eng. Agronómico José Carlos Bettencourt  e o Promotor da UPRA, Dr. Manuel João Fonseca.

Estiveram presentes cerca de 50 pessoas e outros tantos convidados em sistema zoom, nomeadamente Reitores, Vice-reitores, Decanos, Docentes, Estudantes e Empresários, entre outros.

Durante a apresentação da obra o ministro angolano, na mesma linha de raciocínio do autor, referiu-se à importância de um Observatório Agrícola em que a UPRA e outras instituições poderiam ter um papel activo e defendeu a diversificação da economia e a produção nacional, para uma rápida diminuição de importações, nomeadamente:

Produtos como a farinha de milho (fuba), hortícolas, frutas diversas, amendoim e borracha. 

Potencialidades da agricultura

Angola já foi um dos grandes exportadores mundiais de café, de algodão, de sisal e de banana, entre outros produtos agrícolas.

Em relação às potencialidades agrícolas actuais o Eng. Carlos Bettencourt defende que o país continua a ter potencialidades não aproveitadas na medida em que segundo este especialista:

O potencial agrícola do País é elevado e a sua potencialização possível e urgente, dado que apenas cerca de 10 por cento da terra arável está a ser utilizada.

Bettencourt, reportando-se a dados estatísticos governamentais, referiu que:

A área potencial para a Agricultura, em Angola ronda os 38 milhões de hectares, dos quais no ano agrícola de 2018/2019, apenas foram cultivados cerca de 5,2 milhões de hectares, representando cerca de 13% (MINAGRIP, 2020).

A importância da identificação dos pontos de estrangulamento

O lançamento da obra em contexto universitário proporcionou momentos de diálogo e reflexão entre académicos e empresários.

Uma das questões que mereceu relevância no debate, também mencionada pelo autor, foi a importância que se deve atribuir aos pontos de estrangulamento a identificar no percurso ligado ao comércio, à produção, à logística, à comercialização, etc.

UPRA e Teixeira Duarte, Lda

O agro-negócio, a segurança alimentar, a visão da extensão rural numa lógica que inclua a produção, a sociologia rural e o apoio à família foram vertentes mencionadas, bem como, já se mencionou, a pertinência da criação de um Observatório Agrícola.

Sessão de autógrafos na Cantina Botânica, com canas-de-açúcar e bananeiras

A sessão de autógrafos do livro “Políticas de Desenvolvimento Agrário – Redução de Importações: uma estratégia prioritária para Angola” realizou-se ao ar livre, na Cantina Botânica da UPRA, um local muito aprazível, rodeado de canas-de-açúcar e de bananeiras, espaço habitualmente frequentado por estudantes, docentes e outros funcionários.

A obra foi prefaciada por Aniceto Timóteo Bila (Banco Mundial), é composta por 165 páginas, possui 84 fotografias, e todos foram unânimes em reconhecer, reveste-se de grande importância como mais um contributo para o desenvolvimento do país.

O autor presente, Eng. José Bettencourt, destacou no seu ensaio que o objectivo é o equilíbrio da balança alimentar, tendo-se referido à produção do milho, produção de farinha de trigo, produção de arroz, produção de soja, produção de mandioca, produção de feijão, produção de açúcar, ovos, bovinos, pequenos ruminantes, etc.

No que diz respeito às políticas e estratégicas houve um olhar para o futuro, analisando-se várias dimensões:

  • Política Institucional;
  • Política do Fomento do Agro-negócio;
  • Política de Investigação e Inovação;
  • Política de Desenvolvimento e Extensão Rural;
  • Política de Produção e Transformação;
  • Política de Mercado Nacional e Internacional.

A Direcção da Universidade Privada de Angola tem-se destacado em bloco no apoio a diversas iniciativas de âmbito cultural, científico e social, havendo uma ligação muito estreita com a comunidade externa, numa política activa de cooperação e apoio com diversos actores, mediante iniciativas próprias e de parcerias estratégicas.

A “foto de família” (abaixo), da esquerda para a direita, regista as presenças do Prof. Doutor José Ribeiro (Vice-Reitor para a Área Científica), do Prof. Doutor Carlos Pinto de Sousa (Magnífico Reitor), do Doutor Sérgio Santos (Ministro da Economia), do Eng. José Bettencourt (Co-Autor), do Doutor Manuel João (Promotor da UPRA), do Prof. Doutor Manuel Azancot de Menezes (Vice-Reitor para a Área Académica), do Prof. Celso Malavoneke (Decano da FCSHP) e do Engenheiro Jorge Cardoso (Secretário-Geral).

Cantina Botânica da UPRA (2020)

por Luís dos Santos, Angola

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