Ministro das Relações Internacionais ignora pandemia, fala em “comunavírus”e ataca Organização Mundial da Saúde em post nas redes sociais. Para deputadas do PCdoB, Ernesto Araújo entrou no modo “perdido e delirante”.
O ministro das Relações Internacionais, Ernesto Araújo, publicou um texto nesta quarta-feira (22) em seu blog pessoal e que ganhou destaque em seu Twitter onde demonstra que está mais preocupado em combater o comunismo e condenar a Organização Mundial da Saúde (OMS) do que em integrar o Brasil ao combate mundial contra o coronavírus.
No texto, Araújo fala de um suposto “plano comunista” de “dominação planetária” que se beneficiaria da pandemia da Covid-19 para “implementar sua ideologia” por meio de órgãos como a OMS. Araújo defende a ideia de que a pandemia de coronavírus, responsável por quase 180 mil mortes em todo o mundo, pode fazer parte de um “projeto globalista” que é o “novo caminho do comunismo”.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), “o ministro entrou no modo perdido e delirante, assim como seus pares”, em meio à maior crise sanitária do planeta. “Em vez de criar saídas concretas para o país através de sua Pasta, posta texto com síndrome persecutória pelo comunismo”, afirmou em sua conta no Twitter.
Araújo usou um livro do filósofo e psicanalista Slavoj Zizek para referendar sua tese. Segundo ele, para a construção desse novo mundo, a OMS não passaria de um instrumento de dominação da China. Segundo ele, ao “transferir poderes” à entidade internacional esperando que ela seja mais “eficiente para lidar com os problemas do que os países agindo individualmente” é um pretexto “jamais comprovado” e “o primeiro passo na construção da solidariedade comunista planetária”.
Para a líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (AC), a diplomacia do governo Bolsonaro “insulta”, mais uma vez, a embaixada da China e compromete as relações entre os países. “Quanto mais toneladas de idiotices, menos toneladas nas exportações brasileiras para a China. E os EUA vão lucrando com as canalhices do subserviente chanceler”.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado