O líder da PAI – Terra Ranka afirmou que ganhou as eleições parlamentares da Guiné-Bissau, mesmo antes da CNE ter anunciado os resultados provisórios. O porta-voz do MADEM-G15 criticou esta atitude e fez um protesto junto da Comissão Nacional de Eleições.
Domingos Simões Pereira, líder da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -Terra Ranka, também Presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fez uma declaração pública anunciando que tinha ganho as eleições parlamentares do passado Domingo com maioria muito considerável, sem ter acontecido o pronunciamento oficial da Comissão Nacional de Eleições.
O Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), liderado por Braima Camará, condenou de imediato as declarações do líder da PAI-Terra Ranka e fez chegar um protesto à Comissão Nacional de Eleições.
Segundo Óscar Barbosa, porta-voz do Movimento, as declarações são “falaciosas e irresponsáveis”, “contrárias à determinação legal”, sendo “especulações demagógicas”.
“O MADEM-G15 acompanha atentamente as especulações demagógicas sobre os resultados eleitorais, com o propósito único de abrir brechas à tensão política e pôr em causa um processo exemplarmente realizado pelas autoridades nacionais competentes, confirmado pelas missões de observação eleitoral internacional presentes no país”.
(Óscar Barbosa / MADEM-G15)
Simões Pereira (PAI – Terra Ranka), com 60 anos de idade, no período compreendido entre 2008 e 2012 foi Secretário-Executivo da CPLP e, em 2014/2015, foi Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau. A pensar nestas eleições, fez um acordo com 18 partidos políticos invocando a importância da inclusão e para conseguir alargar a base do seu eleitorado.
Por seu turno, Braima Camará, com 54 anos de idade, político e empresário, membro do partido que também integra o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, deseja, igualmente, ser Primeiro-Ministro, tendo anunciado durante a campanha eleitoral que ganharia as eleições com maioria absoluta e que se tal não acontecesse abandonaria a política.
CNE da Guiné-Bissau garante que defenderá a transparência e legalidade
A Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau produziu um Comunicado alegando que será transparente e respeitará a legalidade enquanto órgão de administração eleitoral. No seu comunicado referiu que:
“não se deixará intimidar” e que “o espírito e letra da legislação eleitoral serão integral e devidamente observados”.
A CNE deverá começar a divulgar os resultados eleitorais provisórios, hoje, dia 7 de Junho, e apelou à calma e à serenidade.
por Luís dos Santos, Angola