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Domingo, Novembro 17, 2024

O Monte de Santa Vitória, Paul Cézanne

Guilherme Antunes
Guilherme Antunes
Licenciado em História de Arte | UNL

As paisagens de L`Estaque e do monte de Santa Vitória passam a ser o farol que conduz o estilo amadurecido do pintor e que introduz, após o seu desaparecimento, o advento do Cubismo.

As quintas, os caminhos e os campos desertos de figuração humana, pintados de forma pastosa, são absolutamente mais vanguardistas do que a Academia podia suportar.

Ele dava uma solidez aos objectos sem descromatizar ou tornar o desenho menos exuberante. Fazia uma série de pequenas faces, de cores diferenciadas e que nos apontariam a próxima direcção dos planos.

Esta concepção cubisto-prismática que implementava com formas individuais, fá-lo também globalmente, ora na estratégia, ora na táctica.

Era isto o que separava Cézanne do Impressionismo.

Nota da Edição

Paul Cézanne  (1839-1906)

Nasce em Aix-en-Provence, onde estuda desenho e fica amigo do escritor Émile Zola. Em 1861 vai estudar pintura em Paris. Lá conhece os artistas Manet, Pissarro, Monet, Renoir e Degas e participa em movimentos contra o academicismo.

Com a morte do pai, em 1886, torna-se independente financeiramente e, dois anos depois, volta a Aix. Convencido de que as formas na natureza seguem os modelos do cilindro, da esfera e do cone, desenvolve uma pintura própria.

Com a série As Banhistas, influencia jovens artistas da época, como Picasso e Matisse, antecipando o cubismo e o fauvismo.

Estilo Artístico (principais características):
  • Valorização no uso das cores;
  • Inovação no uso da perspectiva;
  • Variação entre sombra e luz;
  • Composições fora do comum;
  • Simplicidade de motivos;
  • Uso de formas geométricas (principalmente na fase cubista).
Principais obras
  • Retrato de Louis-Auguste Cézanne, o pai do artista (1866)
  • Paul Alexis lendo Émile Zola (1870)
  • A alameda de Jos de Bouffan (1871)
  • A casa do enforcado (1873)
  • Auto-retrato com um chapéu de palha (1875)
  • O degelo em Fontainebleau (1879)
  • A banhista (1885)
  • As margens de Marne (1888)
  • Os jogadores de Cartas (1895)
  • Banhistas (1892)
  • Les Grands Baigneuses (1894 1905)
  • Maças e laranjas (1895 – 1900)
  • Uma velha com um rosário (1895 – 1896)
  • Monte Saint-Victoire (1898)
Curiosidade:

Os jogadores de cartas, de Paul Cézanne, foi a pintura mais cara já vendida na história das artes plásticas. Em 2011, a família real do Catar comprou a tela por US$ 250 milhões.

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