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Sexta-feira, Novembro 1, 2024

Montebourg ou o fim do “Politicamente Correcto” à Esquerda e do actual quadro político francês

Esta emergência de Montebourg é de assinalável importância porque marca o fim de um aparente consenso, na esquerda europeia, à volta de uma linha política submetida ao “politicamente correcto”.

Linha dominante nas últimas três décadas e que a levou a “perder o eleitorado popular” e a chegar, na sua queda abrupta, a resultados eleitorais abaixo dos 10%.

Montebourg surge em ruptura com essa linha e assumindo posições políticas patrióticas, soberanistas e ousando nomear, com todas as letras, tanto os inimigos como as ameaças à República. Daí que encarne, como diz a Marianne, uma “posture gaullienne surplombant la droite et la gauche”.

À direita, está também a surgir uma personagem que, não sendo em nada semelhante a Montebourg, é o seu equivalente no tabuleiro da direita: o General Pierre de Villiers, o CEMGFA que, em 2017, bateu com a porta na cara de Macron, por razões de cortes orçamentais na Defesa.

Montebourg e Villiers, rupturas à esquerda e à direita

O general é uma personagem praticamente desconhecida da opinião pública que apenas o identifica como “o general que bateu com a porta na cara de Macron”. Porém, sem que nada tenha feito para isso, as sondagens já lhe apontam 20% do eleitorado… O “IntelNomics / Jornal Tornado” antecipava, há dois meses, a sua candidatura: “França: Um General nas Presidenciais 2022…?

Nenhum dos dois ainda falou sequer de anunciar a candidatura às presidenciais de 2022 mas ambos já publicaram as bases do seu programa eleitoral, em livros. O do general saiu há meia-dúzia de semanas. O de Montebourg acaba de sair…

 

Le Montebourg nouveau est-il arrivé?

“Les idées qu’il porte avec constance depuis des années sont aujourd’hui validées par les événements”

Par Hadrien Mathoux  |  Marianne  | 28/11/2020

Après deux tentatives à la primaire socialiste, l’ancien ministre de l’Économie multiplie les signes en vue d’une potentielle candidature à la présidentielle. Cette fois-ci, il cherche à incarner une posture gaullienne surplombant la droite et la gauche. Mais la route est longue. Et très incertaine.

C’est le secret de polichinelle de cet automne politique confiné: Arnaud Montebourg veut se lancer. Ou plutôt, selon la formule consacrée, il «réfléchit à un nouvel engagement».

‘L’Engagement’, c’est d’ailleurs le titre de son dernier livre, paru le 4 novembre, chez Grasset, qui retrace son passage folklorique à Bercy pendant le quinquennat Hollande, et livre quelques pistes pour l’avenir.

Mais il n’y a pas que cet essai, par ailleurs fort inspiré: Montebourg occupe également le terrain médiatique, allant de station de radio en chaîne de télé.

Et il y sème des indices. Sur France Inter: «C’est certain, je réfléchis à un nouvel engagement. Faut-il laisser les trains passer quand ce pays est en train de s’écrouler?»

Sur RMC: «Vu la situation, on ne va pas pouvoir rester devant notre feu de cheminée à caresser son chien. On va être obligé de s’engager, d’une manière ou d’une autre.»

L’ancien ministre prend bien soin de laisser toutes les options ouvertes, mais il a bien évidemment l’élection présidentielle en ligne de mire. Signe que quelque chose se prépare, tous ses proches requièrent l’anonymat.

L’un d’eux: «Je ne sais pas si Arnaud va y aller. Il réfléchit sérieusement à sa candidature, il ne veut pas apporter de la division à la division, mais l’envie est là.»


Le Montebourg nouveau est-il arrivé ?

 


Exclusivo Tornado / IntelNomics


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