“Monumento à Terceira Internacional”, de Vladimir Tatlin. Talvez o mais apropriado símbolo da unificação da pintura, escultura e arquitectura com o órgão de Informação e Propaganda do Estado.
(“Construtivismo” russo, abertura de criatividade artística proporcionada pela Grande Revolução Bolchevique.)
Talvez o mais apropriado símbolo da unificação da pintura, escultura e arquitectura com o órgão de Informação e Propaganda do Estado, tenha sido a fascinante e ousada síntese de Tatlin, projectada entre 1917 e 1920, denominada “Monumento à Terceira Internacional”.
Bandeira simbólica da força revolucionária de uma Humanidade emancipada, esta torre mediria 400 metros de altura (procurava ser mais alta que a Torre Eiffel) e era para ser construída em ferro, aço e vidro, em forma de espiral. Com uma inclinação de 45º, o seu interior era composto por outras três enormes estruturas rotativas geométricas, uma de formato cilíndrico, outra piramidal e uma outra, no topo, com formato cúbico.
No primeiro caso, por intermédio de um complexo sistema mecânico, giraria uma vez anualmente e ser-lhe-iam atribuídas actividades, tais como palestras, conferências ou congressos. No segundo caso, dentro da mesma complexidade mecânica, completaria a sua revolução ao longo de cada mês, proporcionando actividades de carácter executivo. Finalmente, o cubo, encimaria a sua superioridade estética dando uma volta completa no seu eixo, uma vez por dia, servindo à comunidade proletária como centro de informação.
Informação adicional
Artista: Vladimir Tatlin
Título: Проект памятника III Коммунистического Интернационала (Monumento à Terceira Internacional)
Data: 1919 – 1920
Estilo: Construtivismo
Genero: Escultura
Nota da Edição
Vladimir Tatlin 1885-1953
Vladimir Evgrafovič Tatlin foi um pintor, escultor e arquiteto soviético. Foi o primeiro teórico do construtivismo e grande incentivador do movimento.
Com o triunfo da Revolução Soviética (1917), Tatlin teve a oportunidade de traduzir suas ideias no célebre projeto do Monumento à Terceira Internacional. Pode-se dizer que praticamente todos os projetos arquictetónicos da época ambicionavam mais do que a tecnologia daquele tempo, sobretudo em um país pobre como a Rússia de então poderia ser capaz de propiciar.
O exemplo mais conhecido desde tipo de problema é justamente o Monumento à Terceira Internacional, cuja maquete Tatlin apresentou em Moscou, no ano de 1920: uma grande espiral de aço circunda uma pirâmide, um cone e um cilindro de cristal, rotativos e concebidos para alojar escritórios e salões.
O monumento é considerado o ponto alto de todo o trabalho artístico de Tatlin, que passou a trabalhar como cenógrafo em 1933) e, a despeito da posterior proibição da arte de vanguarda, foi um dos poucos criadores experimentais a não abandonar a União Soviética, vivendo em Moscovo até morrer, aos 67 anos.
(wikipédia)
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