Faleceu esta quinta-feira, 24 de Março, o futebolista holandês Johan Cruyff, considerado um dos melhores jogadores de sempre. Como treinador teve também uma carreira brilhante.
Aos 68 anos, Cruyff não resistiu a um cancro do pulmão e morreu, em Barcelona, junto da família. Perdeu a sua última batalha contra a doença, depois de uma carreira recheada de êxitos. Conquistou três bolas de ouro (1971, 1973 e 1974). Em 1999 foi considerado um dos melhores jogadores do século XX.
Ao nível colectivo, representou de 1964 a 1973 o Ajax, clube holandês da sua cidade natal, Amsterdão, onde nasceu a 25 de Abril de 1947. No Ajax venceu três Taças dos Campeões Europeus (hoje Liga dos Campeões), uma Supertaça Europeia e uma Taça Intercontinental. Como jogador terminou a carreira no Barcelona.
Ajudou a selecção holandesa a chegar à final do Campeonato do Mundo de 1974, disputado na Alemanha. Na final perdeu para a equipa germânica por 2-1. Mas desse campeonato o que ficou foi o conceito de “futebol total” de uma selecção conhecida por “laranja mecânica”.
Como treinador, desenvolveu as ideias do “futebol total”, segundo o qual todos os jogadores de campo trocavam constantemente de posição. O conceito gerou frutos, quando em 1992 levou o Barcelona à conquista da Liga dos Campeões. Ainda hoje o clube catalão tem no seu ADN um sistema de jogo ofensivo que privilegia a posse de bola, herdado de Cruyff e seguido por Guardiola e Luis Enrique.
Deixou de fumar em 1991, quando sofreu de problemas cardíacos e recebeu um bypass. Tornou-se militante anti tabaco e participou em campanhas onde afirmava que os cigarros quase lhe tiraram a vida. Em Outubro de 2015 o tempo deu-lhe razão: descobriu que tinha cancro do pulmão.