Número de óbitos nas últimas 24 horas ficou em 2 mil, mas poderia ser bem maior se o governo federal não exigisse novos documentos dos mortos.
O Brasil bateu ontem (24) a marca das 300 mil mortes por covid-19, dois meses e meio depois de ter chegado a 200 mil mortos, em 7 de janeiro de 2021. Já esta marca demorou pouco mais de cinco meses após a pandemia chegar aos 100 mil mortos, o que ocorreu em 8 de agosto de 2020.
Os números poderiam ser bem maiores, se o governo federal não tivesse burocratizado novamente o sistema de registro de mortes exigindo novos documentos dos óbitos. Além disso, o Ceará não conseguiu registrar nenhum dado. Em SP, por exemplo, estado com os maiores números, muitas cidades não conseguiram registrar todos os óbitos. Com isso, foram anotados 281 óbitos no estado, um dia após o recorde de mais de 1 mil em um só dia.
Com isso, o governo federal registrou 2.009 mil mortes nas últimas 24 horas, o total de vidas perdidas para a covid-19 totalizou 300.685. O número não inclui os óbitos ocorridos no Ceará, que alegou problemas técnicos para não enviar a atualização. Ontem (23), o número estava em 298.676.
A média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias chegou a 2.279.Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +34%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
Ainda há 3.446 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.
O total de novos casos registrados nas últimas 24 horas foi de 89.992. Com isso, a soma de pessoas atingidas pela doença desde o início da pandemia alcançou 12.220.011. Até ontem, o total de pessoas infectadas estava em 12.130.019.
A média móvel nos últimos 7 dias foi de 75.250 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +8% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos.
As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde em seu balanço diário, publicado na noite desta quarta-feira (24). A atualização é elaborada a partir das informações levantadas pelas autoridades estaduais e locais de saúde sobre casos e mortes provocados pela covid-19.
O número de pessoas recuperadas chegou a 10.689.646, e o de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.229.680.
Os dados em geral são mais baixos aos domingos e segundas-feiras pela menor quantidade de trabalhadores para fazer os novos registros de casos e mortes. Já às terças-feiras, a tendência é serem maiores, já que nesse dia o balanço recebe o acúmulo das informações não processadas no fim de semana.
Estados
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo, com 68.904 registros. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (35.373), Minas Gerais (22.497), Rio Grande do Sul (17.748) e Paraná (14.454).
Já as unidades da federação com menos óbitos são Acre (1.210), Amapá (1.253), Roraima (1.301), Tocantins (1.860) e Sergipe (3.347).
Vinte estados e o Distrito Federal estão com alta nas mortes: PR, RS, SC, ES, MG, RJ, SP, DF, GO, MS, MT, AC, TO, AL, BA, CE, PB, PE, PI, RN e SE.
Vacinação
Balanço da vacinação contra Covid-19 desta quarta (24) aponta que 13.389.523 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 6,32% da população brasileira.
A segunda dose já foi aplicada em 4.418.109 pessoas (2,09% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.
No total, 17.807.109 doses foram aplicadas em todo o país.
por Cezar Xavier | Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado