A base do pedido é a afirmação do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que Temer teria intercedido em favor do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima no caso edifício La Vue, em Salvador, embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão subordinado ao MinC.
“Estamos com uma peça jurídica pedindo o impeachment, mas a ideia é que não seja assinada por parlamentares, mas por advogados e representantes da sociedade civil”, disse Lindbergh.
Segundo ele, o objetivo é atrelar o pedido de impeachment de Temer a outras pautas, como a realização de eleições diretas para presidente e a retirada da PEC (241/55) do Congelamentos dos Gastos Públicos por 20 anos. “Entendemos que qualquer solução tem de passar pela legitimidade do voto popular”, afirmou o senador.
Participaram da reunião representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Movimentos Populares (CMP), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o ator Fábio Assunção, entre outros. “Avaliamos que ao que tudo indica, dada a participação do presidente no episódio, os movimentos devem avaliar a proposta de subscrever o pedido de impeachment de Temer”, disse Raimundo Bonfim, da CMP.
“Existe uma proposta de abertura de processo de impeachment pelo crime de responsabilidade, pelo achaque e o tráfico de influência no caso do Calero. Estamos discutindo essa perspectiva”, disse Guilherme Boulos, do MTST.
Protestos
Hoje, Boulos lidera uma manifestação da “Frente Povo Sem Medo” na Avenida Paulista. O objetivo inicial é protestar contra a PEC 241/55), mas, diante do agravamento da crise política, a frente decidiu incluir o “Fora, Temer” na pauta do ato.
Ainda no início desta semana, representantes das duas frentes devem se reunir para traçar um calendário de mobilizações. Uma das propostas é a realização de um grande ato contra Temer no início de dezembro.
Fonte: De Brasília, com agências
Texto original em português do Brasil