O El Mundo relata que a casa, situada em Corsier-sur-Vevey, é de estilo neo-clássico e tem vista sobre os Alpes.
A propriedade, com 14 hectares de dimensão, tem uma piscina, um bosque pequeno, um jardim com árvores centenárias e um estúdio onde o imortal Charlot desenvolvia o seu trabalho, compondo música e escrevendo a sua auto-biografia.
Quinze anos de negociações com a família do artista, empresas financeiras e produtoras foram necessários para erguer este museu, cujas obras custaram 60 milhões de euros. O museu está preparado para receber visitantes com mobilidade reduzida.
A Suíça espera que, todos os anos, 300 mil pessoas visitem este museu, que inclui por exemplo os cenários das mais famosas películas do cineasta e actor, o baú que viajou com Chaplin, os móveis que fizeram parte da decoração original de Manoir-de-Ban e o fato de vagabundo.
Perto da habitação principal, foi construído um estúdio hollywoodesco onde estão recriados décors de filmes como a barbearia de “O Grande Ditador” ou as engrenagens de “Tempos Modernos”.
O espaço inclui 36 personagens em cera. Os visitantes que assim o desejem podem visionar no museu 36 dos filmes de Chaplin em sete ecrãs multimédia. Existe também um teatro, inspirado no filme “O Circo”, onde é exibido um documentário sobre a biografia do artista.
Na casa, para além do ambiente doméstico que é recriado, existe uma mostra de fotografias privadas, bem como dos livros e discos do cineasta (que chegou a ser candidato ao Nobel da Paz em 1948), galardoado com um Óscar Honorário em 1972, cinco anos antes da sua morte; ocasião para o regresso de Chaplin aos EUA de onde fugira, onde recebeu uma das maiores ovações na história da entrega daqueles prémios: mais de 10 minutos.
Charles Spencer Chaplin, também conhecido como Charlot, viveu os últimos 25 anos da sua vida com a quarta e última esposa, Oona O’Neill Chaplin (filha de Eugene O’Neill, Nobel da Literatura) e os oito filhos do casal, naquela casa suíça, para onde se mudou depois de perseguido durante o período de “caça às bruxas” promovido pelo senador McCarthy, nos EUA, após a 2ª Guerra Mundial, que o acusou de ser comunista e de “actividades anti-americanas”.