A pré-candidata do PCdoB à presidência da República, Manuela d’Ávila defendeu na tarde desta sexta-feira (20), em São Paulo, no Encontro “as mulheres e as eleições” promovido pela secretaria nacional da Mulher da legenda, que não há desenvolvimento de país sem igualdade entre homens e mulheres”.Com objetivo de orientar e fortalecer as candidaturas femininas nestas eleições, o encontro contou com a participação de pré-candidatas da legenda, com representação na maioria dos estados da federação.
Manuela participou da última mesa do evento e debateu a situação do país e a luta das mulheres. Ela defendeu que é preciso garantir a representatividade feminina nas diversas esferas de poder. Para a pré-candidata, é preciso reconhecer o esforço permanente de seu partido para dar visibilidade à essa luta.
Uma das principais atribuições das candidatas comunistas nessas eleições, segundo a pré-candidata, é apresentar um projeto de desenvolvimento para o país, mas que combata à desigualdade. “Creio que o encontro eleitoral das nossas candidatas mulheres afirma que é preciso criar um projeto de desenvolvimento para o país. Precisamos criar projetos soberanos que farão com que o país possa enfrentar a crise valorizando o trabalho”.
“Não há desenvolvimento do país sem igualdade entre homens e mulheres”, frisou Manuela.
Emancipação
“Mais importante é que nossas mulheres negras, brancas, lésbicas e heterossexual, todas nós, compreendendo essa diversidade e esse conjunto de opressões que sofremos, sabemos que só garantiremos a nossa emancipação com o desenvolvimento do país. Porém, segundo Manuela, não se pode nutrir a ingenuidade de que a igualdade de gênero aconteça naturalmente. É preciso lutar e resistir.
Retrocessos para as mulheres
Pesa muito mais para a mulher trabalhadora que para o homem trabalhador a crise que o país atravessa, com a paralisação de investimentos públicos, o grande números de desempregados e a falta de perspectiva da população, disse Manuela. “É igual ser trabalhador e trabalhadora após a reforma trabalhista?”, questiona.
“Já era mais difícil para mulheres, principalmente após serem mães. Não ter a CLT, agora, que protegia um pouco as mulheres, não é o mesmo para ambos os gêneros. Somos as primeiras a perder empregos”, afirmou Manuela.
A pré-candidata recordou que a destituição da única presidenta da república mulher deve-se ao machismo e que as mulheres devem lutar contra a opressão cotidiana. “Somos oprimidas de múltiplas formas. E precisamos ter uma reação ao golpe, já que o centro do discurso do golpe foi a misoginia”.
O que conecta as mulheres neste momento de crise é a reação às medidas de austeridade”.
Pré-candidatura feminina
“Não é por acaso, quando vivemos um quadro político difícil como esse, somos a única frente de esquerda que apresenta a candidatura de uma mulher, lembrou a pré-candidata.
Fico feliz que nós estejamos neste belo momento das nossas organizações reafirmando o feminismo, percebendo o conjunto da nossa diversidade, a dimensão de classes e do conjunto de opressões que nós sofremos nesse país”.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV / Tornado
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