Diário
Director

Independente
João de Sousa

Quinta-feira, Novembro 21, 2024

NATO prepara efectivos para operações especiais na Síria, Iraque, Afeganistão e contra Estado Islâmico

Trident Juncture 2015, mobiliza mais de 36 mil militares

Nato2

As forças especiais da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) prosseguem com a operação “Trident Juncture 2015”, em Portugal, Espanha e Itália. No terreno, estão mais de 36 mil militares de várias nacionalidades. E o principal objectivo parece ser combater no terreno o Estado Islâmico (EI).

O comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) não confirma nem desmente que o exercício “Trident Juncture 2015”, que está a decorrer em Portugal, em Espanha e na Itália se destine a preparar os militares para operações directas. Mas pelo que pudemos apurar, estes exercícios específicos em solo mediterrânico, destinam-se a preparar os mais de 36 mil militares para um embate contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), na Síria, Iraque e Afeganistão.

A verdade é que os Estados Unidos fizeram questão de anunciar publicamente, no passado dia 27 de Outubro, por intermédio do secretário da Defesa, Ashton Carter, que chegou o momento de colocar mais tropas no terreno.

O corpo de marines americanos tem treinado intensamente na região de Saragoça (Espanha), o que na realidade poderá ser o indício da intensificação da campanha militar contra o Estado Islâmico (EI) na síria e no Iraque.

Nato3

O presidente Barack Obama sempre se manifestou contra o envio de mais militares para o terreno, mas a pressão crescente das chefias militares (e do próprio Pentágono!) e o desastroso fracasso na dispendiosa operação para treinar e armar as oposições moderadas na Síria e no Iraque, mais a intervenção da Rússia no conflito no teatro de guerra, fez com que Obama mudasse de discurso e opinião.

“Não hesitaremos em apoiar os nossos aliados em ataques de oportunidade ou em conduzir nós próprios essas missões, seja com meios aéreos ou acções directas no terreno”, afirmou no Congresso, o chefe do Pentágono, Ashton Carter.

A esta mudança de estratégia militar, podemos somar ainda o convite que foi endereçado pela administração Obama ao Irão para participar, pela primeira vez, nas conversações cobre a guerra na Síria, que teve lugar no dia 30 de Outubro, em Viena, com a presença dos Estados Unidos, Turquia, Rússia e Arábia Saudita.

Já em meados de Setembro teve lugar a operação Felino 2015 – CPLP, que decorreu em Aveiro, mobilizando milhares de militares. Este exercício teve como base o apoio a prestar a populações invadidas por grupos extremistas e ajudar deslocações de refugiados, abrindo corredores humanitários para as Organizações Não Governamentais (ONG).

Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a nossa Newsletter. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

- Publicidade -

Outros artigos

- Publicidade -

Últimas notícias

Mais lidos

- Publicidade -