A retórica da paz e a venda de armamento sempre foi, no mínimo, polémica. Mesmo finda há muito a Guerra Fria, a demanda pelas armas cada vez mais sofisticadas continua a ser um negócio demasiado rentável para ser controlado.
Segundo um estudo divulgado pelo jornal britânico Independent, durante os últimos cinco anos, registou-se um aumento de 14% na venda de armamento de combate, um volume de negócio em que os Estados Unidos são os principais exportadores e a Índia o território que mais importa.
No entanto, é a Rússia o mercado que mais exporta para a Índia.
De resto, de acordo com a mesma fonte, a Ásia é a região do globo em maior demanda de material bélico, com a China e o Paquistão a sucederem à Índia. Quanto aos grupos rebeldes, o número de aquisições entre 2011 e 2015 fica aquém de 0,02 % do bolo total.
O quadro revelado confirma então que os EUA são, de longe, o maior país exportador, no mesmo período, assegurando cerca de um terço do total global.
Aliás, a nação americana regista mesmo um acréscimo de 27% nos últimos cinco anos. Ao passo que a Arábia Saudita é o seu cliente privilegiado, nomeadamente em sofisticados aviões de combate.
Na sua agenda de encomendas, os EUA têm 611 caças da nova geração F-35 para entregar a nove países.
Para ficarmos com uma ideia do volume de negócios, basta ir à página internet do F-35 Lightning II para se ficar a saber que o preço destes caças F-35 oscila entre as versões A, B e C, a preços que variam entre os 98, 104 e 116 milhões de dólares. Embora com a ressalva de que os custos de produção caíram 55% desde que foi criado o primeiro F-35.