Poema de Ernesto Dabo
“Nna Nna Nna”
Guardo em mim um menino
num lugar amigo
que só abro
quando estou contigo
Corre
canta
ri muito quando te vê
Esse menino antigo
em cada ruga tua
adora semear afago
Em cada concha de luar na tua face
adora anichar beijos
Cada festinha tua
felizes quadros do tempo-criança
Em muitos falares sabe chamar-te
mas sempre que acorda
com serena ternura te adora mimar
Nna Nna Nna
Mãe preta, de Lucílio de Albuquerque, 1912. Salvador, Museu de Belas-Artes da Bahia
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