Diário
Director

Independente
João de Sousa

Sábado, Novembro 2, 2024

Se nunca me enganei?

Paulo Vieira de Castro
Paulo Vieira de Castrohttp://www.paulovieiradecastro.pt
Autor na área do bem-estar nos negócios, práticas educativas e terapêuticas. Diretor do departamento de bem-estar nas organizações do I-ACT - Institute of Applied Consciousness Technologies (USA).

Claro que sim! Nestes casos, a salvação está no arrependimento. Esse é o único momento em que me encontro com a verdade.

Igualmente, perante tal constatação, o julgamento dos outros nos parece menos importante. Não raras vezes, até  desnecessário.

Certo é que a nossa evolução, assim como o arrependimento, depende sempre do próximo passo. Este só é eficaz se resultar em transformação verdadeira (vivida e sentida); daí o arrependimento como importante recurso para o desenvolvimento de uma humanidade onde todos tenham lugar.

Costumo dizer aos mais indecisos, tudo depende da intenção com que se dá o primeiro passo, depois alguém dará o chão, ou o tirará. Para os crentes, quem dá o solo é Deus. Mas, pasme-se, tudo depende da intenção do primeiro passo, esse é o espaço que nos cabe a nós, humanos. Escolher a intenção com que parto, simplesmente isso.

Então, nunca haverá razão para “culpas”. Se substituir a culpa pelo arrependimento encontrará a paz e a verdade.

A vida é isso mesmo: arrependimento. Só isso. Aquilo que nos parece bem ou mal (erro) é um juízo de valor, ou seja, aquilo que hoje nos parece bem, amanhã poderá não parecer, num contexto diverso. Só o arrependimento nos livra da dúvida, devolvendo-nos à verdade que nos pacifica. À certeza de estarmos a agir com a intenção certa.

Uma outra vantagem do arrependimento é que este torna mais fácil o perdão. Mais difícil será, tantas vezes, ser perdoado. Mas, aqui já não estamos na presença do problema do outro.

O esquecimento é uma outra dimensão do problema. Perdoar é fácil, esquecer é, tantas vezes, uma doença chamada Alzheimer, costumo afirmar a este respeito.

Perdão e aceitação estão muito ligados ao sentido último do ser humano: a esperança. E se nós deixamos de acreditar na nossa própria raça, como poderemos aceitar o arrependimento dos outros como certo, como verdadeiro?

Quando a esperança falha, então nada resta. Arrependimento e esperança são a solução que nos possibilita ver qualquer problema, por difícil que este seja de ultrapassar, de forma útil a qualquer um de nós.

Santo Agostinho dizia que ela (a esperança) tem duas filhas. A mais bonita chama-se coragem, a outra indignação. Porém, não podemos perder a capacidade de lutar, e para isso, terá de nos assistir, a muita coragem para enfrentar o tempo presente.

Inshalla (assim Alá queira).

Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a nossa Newsletter. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

- Publicidade -

Outros artigos

- Publicidade -

Últimas notícias

Mais lidos

- Publicidade -