“O Banho Turco”, Ingres. Jean-Auguste Dominique Ingres foi um pintor e desenhista francês.
Homem do Iluminismo e, por isso, da racionalidade, intelectual do Neo-clássicismo por excelência, não deixou, porém, de trabalhar em temas fantásticos e de carga emocional.
Nesta pintura só cabe gente jovem, mulheres alegres e belas, num co-njunto pouco harmonioso, sem inter-ligação e estático. Um Paraíso onde a eterna juventude é pedra de toque.
Este é um quadro da sua velhice já adiantada, parece procurar ser como uma síntese de busca incessante de uma força paradisíaca e imortal, mas que objectivamente se esvai.
Jean-Auguste Dominique Ingres 1780-1867
Mais conhecido simplesmente por Ingres, foi um celebre pintor e desenhista francês, na passagem do neoclassicismo para o romantismo. Foi um discípulo de David e em sua carreira encontrou grandes sucessos e grandes fracassos, mas é considerado hoje um dos mais importantes nomes da pintura do século XIX.
Ingres preferia os retratos e os nus às cenas mitológicas e históricas. Entre os seus melhores retratos contam-se Bonaparte Primeiro Cônsul, A Bela Célia, O Pintor Granet e A Condessa de Hassonville. Nos nus que pintou (A Grande Odalisca, Banho Turco e, sobretudo, A Banhista) é patente o domínio e a graça com que se serve do traço. A sua obra mais conhecida é Apoteose de Homero, de desenho nítido e equilibrada composição.
A crítica moderna tende a considerá-lo como uma encarnação do mesmo espírito romântico que ele procurava evitar – opinião que foi expressa também por vários de seus contemporâneos -, enquanto que suas distorções expressivas de forma e de espaço o tornam um precursor da arte moderna, exercendo influência sobre artistas como Degas, Picasso, Matisse e Willem de Kooning, entre outros.