O caso de Setúbal não é de Setúbal, é nacional. O caso de Setúbal não é um “caso”, é a ponta de um iceberg. O caso de Setúbal exige, portanto, um adequado tratamento nacional e não o uso de um qualquer “tira-nódoas” local.
O caso de Setúbal revela uma realidade que ninguém parecia (ou parece…) querer ver: a infiltração de organismos do Estado Português por agentes de influências estrangeiras. Muito frequentemente, nada amigas e, por definição, em divergência com os interesses e orientações do Estado Português.
Em Setúbal, o SIS terá detectado a “marosca” há uns oito anos, em 2014. E tem-na monitorizado até hoje. E, naturalmente, tê-la-á reportado a quem tinha que a reportar. O trabalho do SIS é esse. O SIS é um serviço de inteligência e não uma polícia.
Mas quantas câmaras mais, quantos mais organismos do Estado Português se encontram sob influência de interesses e agentes de estados estrangeiros? De russos a chineses, de iranianos a cubanos, quem é que manipula o quê e quem nos aparelhos do Estado Português?
Esse é que é problema nacional que Setúbal revela, é esse o iceberg que a “pontinha” de Setúbal revelou. Ora, o Estado Português não é suposto ter uma vocação de… Titanic. Portanto…
Exclusivo Tornado / IntelNomics