Diz o presidente do CDS/PP que Rui Rio é mal agradecido ao se ter aproveitado do entendimento entre os dois partidos políticos para as soluções políticas encontradas para formar governo nos Açores e as vitórias eleitorais conseguidas nas últimas eleições autárquicas e, vir agora, descartar compromissos eleitorais para as eleições Legislativas de 30 de janeiro do ano de 2022.
Alimenta o reeleito presidente do PPD/PSD a esperança de poder vir a ganhar as próximas eleições Legislativas de forma a reverter as linhas de orientação política atuais em umas outras linhas que não explanou com clareza ficando-se pela afirmação de que, se ganharem as eleições, não irá fazer nenhuma reforma de fundo salvo: uma forte mexida no setor da educação.
É óbvio que vai revirar o Serviço Nacional de Saúde; mas também, a seguir o seu raciocínio sobre algumas decisões da justiça “politizada” esse será um setor a estar atento. Assim como os gastos do Estado em subsídios. Não sei se os atribuídos aos cidadãos com necessidades especiais ou se, ao patronato que se refugia por detrás do tecido empresarial para através de subterfúgios de descapitalização do citado através dos canais digitais fazer o percurso do dinheiro sem rasto.
Diz Rui Rio que o seu PPD/PSD é um partido do centro.
Um espaço político ambíguo aonde até a Democracia Cristã já se posicionou nos seus tempos áureos de influência político partidária.
O maior problema de todos os agentes políticos ditos centristas ou centrões é o do seu posicionamento político social aquando das decisões entre interesses contrários. E, sobremaneira, quando se trata de delapidar o Estado como sendo uma figura abstracta em favor de entidade com fins lucrativos.
O Estado Social e algo que abominam porque entendem dever circunscrever-se à nacionalidade a que os seus súbditos devem exclusivamente vénia e obrigações.
O seu posicionamento político ao centro é sempre de conveniência perante qualquer calamidade ou catástrofe em que se agarram ao Estado como sendo a entidade responsável para acudir a tudo e a todos.
Sobretudo às entidades privadas aonde a sapiência dos economistas da praça considera os seus trabalhadores como uma despesa a dispensar logo que possível e que por isso, para os aguentarem, necessitam de todos os apoios possíveis e imagináveis forjados nas entrelinhas dos relatórios e contas dos exercícios contabilísticos dos anos cíveis…
O citado espaço político do centro omite deliberadamente que a despesa pública é paga pela receita arrecadada aos contribuintes em geral afetada ao exercício orçamental anual, a ser gerido por um Governo eleito, para as despesas correntes mas também para as despesas recorrentes da má gestão empresarial onde os lucros somem e os prejuízos “premeiam” o IRC que acaba por não entrar na receita pública de forma a que os subsídios sejam o recurso alegadamente para manter os empregos, e os fundos comunitários para subsidiar projetos a termo…
Orçamento Geral do Estado, para o qual, os amigos do centro político só contribuem se estiverem distraídos o que é coisa rara.
Preferem pagar a quem lhes descobre os pontos e as vírgulas para contornar as suas obrigações para com o Estado, do que a cumprirem as sua obrigações fiscais e, por essa via, a serem solidários para com a coisa comum que somos todos nós.
Esse é o centro. Ou, o centrão.
Aquele espaço político onde todos os oportunistas se posicionam para receber benesses do Estado mas que quando confrontados com as suas obrigações sociais fogem como o diabo da cruz porque, coitados, conseguem ser mais pobres que os pobres estando muitos deles insolventes e numa penúria tal que os únicos bens visíveis que possuem são a vida faustosa que fazem a débito de terceiros custeada “grosso modo” pelo Estado com os impostos que os verdadeiros pobres coitados pagam.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90