Um dia curto quiçá o dia mais curto de todos os dias de cada ano de vida tão só porque a carga emocional que carrega não cabe nas vinte e quatro horas.
Os dias como tudo na vida e contrariando a opinião estereotipada corrente de que os dias são todos igualados por rotinas quotidianas um pouco à semelhança de uma outra corrente que só exclui o próprio emissor opinativo e todas as demais pessoas são iguais mais ponto menos ponto sem virgulas nem pontos finais sejam parágrafos ou não seja em que circunstancias for e com a pontuação que se lhe quiser introduzir o que acontece a meu ver é que de facto todos os dias são diferentes e todas as pessoas são diferentes também porque quanto mais não fora os circunstancialismos de vida de cada um assim o ditam e as contrariedades que fazem parte desses circunstancialismos formatam o perfil do indivíduo mais ou menos agreste mais ou menos simpático mais ou menos indiferente mais ou menos um salpicar de tudo aquilo que faz parte de tudo aquilo que é essencial à vida mesmo nas condições excepcionais de diferença aguda genética ou adquirida inclusive na variação pensada ou extemporânea do comportamento em função da decisão que é coisa aparentemente irrelevante mas de efeito social marcadamente identitário por ser esse o denominador comum do perfil sociológico do indivíduo na concepção generalista em sociedade que tem dias que o marcam profundamente e pessoas que fazem parte desses mesmos dias que fazem com que as marcas produzidas não mais se apaguem e por isso o dia em que se deu o primeiro grito é sempre o dia maior de todos os dias!
II – O dia mais curto de todos os dias num folgo de golfinho
Um dia curto quiçá o dia mais curto de todos os dias de cada ano de vida tão só porque a carga emocional que carrega não cabe nas vinte e quatro horas que cada dia tem mais ou menos milésima de segundo que acaba por ter acerto no ano bissexto e pelo significado histórico da data na história de cada indivíduo parecendo ser mais um dia por muito que assim se o deseje nunca o é mesmo que o não se admita numa tentativa de ludibriar a mente porque é nesse dia que se vivem emoções marcadamente diferentes no contexto daquilo que é o quotidiano de todos os outros dias porque neste dia em particular tudo aquilo que acontece é especial desde o mais insignificante ao mais relevante momento traduzido em gestos simples de diferentes formas e feitios mas que merecem atenção especial só porque aconteceram nesse dia mais os que deviam ou se pensava que iam acontecer e não aconteceram que dilaceram a carne e abrem sulco no peito que jamais será reparado só porque no meio do silêncio de todo o ruído interior provocado reside o mesmo grito sem idade do dia do nascimento de todos os indivíduos independentemente do género como agora está na moda diferenciar o sexo e que só valorizamos porque nos sentimos estranhamente sós e agarrados às memórias boas que conseguimos guardar na gaveta mais recôndita do cérebro e da alma que ainda consegue acompanhar os golfinhos foz adentro em busca de alimento num qualquer caudal ainda sem poluição que no caso Humano transcende a poluição ambiental para ir mais além e se converter na poluição mental que enrobustece os fracos de espírito e fragiliza os fortes de coração.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
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