“O Lenhador”, de Kazimir Malevich. Malevich foi criador do novo estilo “Suprematismo”.
Criador do novo estilo “Suprematismo” (1913), que no seu dizer não é mais que procurar «a supremacia da sensibilidade pura nas artes plásticas», tinha aderido, anteriormente, à análise volumétrica própria do Cubismo.
É neste contexto que compõe alguns trabalhos de formas cilíndricas e ostentando grande dinamismo, como é exemplo esta figura na acção do trabalho. Perspectiva que abandona um ano depois pela recusa de qualquer exigência figurativa.
O seu pulsar cósmico (suprematista) sobre os volumes não se coaduna, desde logo, com o “Construtivismo Russo” e o seu formalismo revolucionário, que não cairá nas boas graças do chamado Realismo Socialista.
Informação adicional
Artista: Kazimir Malevich
Título: Woodcutter
Criação: 1912
Fotografia: Collection Stedelijk Museum, Amsterdão
Nota da Edição
Kazimir Malevich 1879-1935
Kazimir Severinovich Malevich foi um pintor abstrato russo de ascendência polaca-ucraniano. Fez parte da vanguarda russa e foi o mentor do movimento conhecido como Suprematismo.
Em 1904 mudou-se para Moscovo, onde estudou na Escola de Pintura, Escultura e Arquitectura de 1904 a 1910 e no estúdio de Fedor Rerberg, em Moscovo. Foi um período de muitas descobertas para o jovem artista, onde, nomeadamente conheceu o impressionismo, o cubismo e o fovismo.
Ao lado de Kandinsky e Mondrian, Malevich é um dos inventores e teóricos da arte não figurativa. Como fundador do Suprematismo, levou o abstracionismo geométrico à sua forma mais simples, sendo o primeiro artista a usar elementos geométricos abstratos. É por sua concepção da relação entre arte pura e arte aplicada que Malevich entra em conflito com os construtivistas.
De 1919 a 1922 o artista viveu e trabalhou em Vitebsk, como professor. Fundou o grupo UNOVIS (afirmadores da nova arte) constituído por alguns dos seus alunos. Nessa época escreveu a maior parte dos seus textos filosóficos e teóricos. A partir de 1923, o artista viveu em Petrogrado, continuando a ensinar. Por volta de 1925, começa a construir os architectons, composições suprematistas espaciais. Em 1927, Malevich expôs suas obras pela primeira vez em Berlim e retornou à arte figurativa. Deixou na Alemanha 70 quadros e um manuscrito “O suprematismo ou o mundo sem objeto”, publicado pela Bauhaus.
Em 1929, foi acusado pelo governo soviético de “subjectivismo” e nos anos que se seguiram foi continuamente atacado pela imprensa. Perdeu suas funções oficiais e chegou a ser preso e torturado. Morreu abandonado e na pobreza, em São Petersburgo, em 1935. Apesar de ter recebido funerais oficiais, a condenação de sua obra e do suprematismo foi seguida de um esquecimento de décadas. O reconhecimento do artista só ocorreu a partir dos anos 1970. Desde então, numerosas retrospectivas pelo mundo consagraram Kazimir Malevitch com um mestre da arte abstrata.
(Wikipédia)
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