Diário
Director

Independente
João de Sousa

Domingo, Julho 28, 2024

O Olhar

Poema inédito de Alice Coelho

O Olhar

Cada olhar era um escaldar de pele
Um memorizar de dedos queimados
Uma aragem que no corpo se revele
Naquelas loucuras tatuadas no tempo
Cansadas e choradas numa saudade
Prensada pelas mentiras duma cidade
Que no seu rio assistiu ao afogamento
De uma ingenuidade precoce de tardia
Amarrada às margens pela sua cobardia
Em noites longas e frias de lua retardada
Onde para sempre era tão longe de mais
Açaimadas e retratadas
Escondidas e despidas
Ruas por nós esculpidas
Sonhos derramados e atados
Num virar de costas deixados.

Receba regularmente a nossa newsletter

Contorne a censura subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a nossa Newsletter. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

- Publicidade -

Outros artigos

- Publicidade -

Últimas notícias

Mais lidos

- Publicidade -