“XXII Congresso Nacional do Partido Socialista “Volvidos dois anos, entre o XXI e o XXII Congresso Nacional, o PS apresenta-se aos Portugueses com duas faces: a da sua organização local e, a da sua prestação enquanto governo de Portugal.
Se na primeira face há evidências de comportamento dúbio e obscuro em muitas circunstâncias.
Na outra face a evidência é a de um comportamento exemplar de condução das políticas gerais estruturantes da Nação.
Esta constatação comum levanta cenários de instabilidade nacional a partir da sua organização Concelhia o que facilita caminho aos defensores da eleição do seu Secretário Geral por militantes e simpatizantes assim como a pretensão de que o mesmo processo seja aplicado em eleição de candidato a cargo público.
O que denota interesse na construção de uma organização política vazia de essência e, de conteúdo financiado por interesses privados.
Findos os processos, o caderno eleitoral é destruído o que permite que um conjunto alargado de cidadãos possa alterar a sua inscrição de simpatizante consoante a eleição afeta.
Ou seja; a constituição alargada de sindicatos de voto manipulado organizado.
Esta evidência é prenúncio de luta interna entre correntes ideológicas que se tem vindo a extremar com objetivo claro: uns querem a discussão do agora; outros querem alicerçar o presente para abrir caminho para o futuro.
Talvez por isso o Governo PS da Nação tenha necessidade de procurar soluções fora do Partido.
Porque dentro do Partido há batalhas que urge travar. Nomeadamente a batalha da educação democrática que combata condutas impróprias de caciquismo retrógrado que tem vindo a minar a relação interna e por essa via a desmoronar a estrutura de uma organização política da esquerda democrática.
Volvidos estes anos, nada foi feito para a consolidação da discussão aberta, plural e democrática.
E, enquanto isso não acontecer, o Partido Socialista continuará a ser um grupo de pessoas ambiciosas sem a mínima preocupação para com os problemas sociais comuns que afetam as pessoas tão só porque não querem a harmonia numa “casa” onde a crispação é o seu “estado quotidiano” por vontade própria expressa quotidianamente.
Condição que colide de forma frontal com aquilo que tem sido o trabalho desenvolvido pelo Governo do PS em áreas distintas como o são:
- a credibilidade;
- a transparência;
- a honra na palavra dada;
- a igualdade de oportunidades;
- a igualdade de género;
- o direito de opção individual;
- a recuperação económica;
- a recuperação do crédito;
- a descentralização de competências para o poder autárquico;
- o combate à desertificação;
- etc;
Com destaque para o Secretário Geral do PS atual primeiro-ministro, António Costa, que se tem pautado por uma liderança eficaz naquilo que são as regras de um trabalho em equipa com competências delegadas dando mostra de que as lideranças para o serem devem ser democráticas
Quando o não são, os partidos políticos definham e tem final anunciado como vai acontecendo no panorama internacional, em favor de organização política sem definição ideológica ao serviço de interesses não confessados.
Importa por isso que o XXII Congresso aponte diretrizes de organização local democrática em que a regulamentação estatuária não possa ser violada e, sempre que o for, não haja contemplação em sede de jurisdição.
Importa também que, as decisões superiores do Congresso sejam respeitadas e não, um ritual para cumprir e que, depois de cumprido, se arquiva!
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
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