Não terão lido autores que, à semelhança de Lauro de Oliveira Lima, criticam a “pedagogia predial”?
Relativamente a Monsanto: saberão o significado de avaliação formativa, contínua e sistemática? À luz da ciência produzida, desde há um século, a expressão “reprovar por faltas” é uma obscenidade.
Serão analfabetos funcionais? Certamente, terão lido o artigo 48 da Lei de Bases, mas foram incapazes de interpretar o seu significado.
Há cerca de uma dúzia de anos e com burocráticos argumentos, um ministro de má memória tentou destruir o projecto da Escola da Ponte. Os sindicatos, a universidade e a sociedade civil impediram que essa obscenidade ministerial obtivesse êxito.
Na presente situação, os professores portugueses permitiram que o autoritarismo imperasse e que critérios de natureza pedagógica fossem desprezados.
Permaneceram apáticos. Mais uma vez, nada fizeram para acabar com a impunidade.
É estranho e pesado esse obsceno silêncio dos professores.