Poema inédito de Alice Coelho
Oco Silêncio
Calas porque te sentes sábio
Nas masmorras de um castelo
Desfolhas poemas no alfarrábio
Emaranhas os dedos no cabelo
Asfixias a vida no passado cruel
Mastigas palavras para salivares
Rodopias parado nesse carrossel
Não és anjo, muito menos arcanjo
Nem pastor no monte a tocar flauta
Talvez poeta que se rege pela pauta
Oco Silêncio
É sufoco na garganta
É mordaça na boca
É estrangular palavras
É tocar com a mão
O olhar estendido no chão
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