O Convento do Varatojo acolheu a cerimónia de encerramento das comemorações dos 800 anos da presença franciscana em Portugal. O Presidente da República iniciou a cerimónia com o descerramento de uma placa alusiva à visita.
Nicolás Almeida, da Ordem Franciscana; e Fernando Cabecinhas, dos Franciscanos Capuchinhos; fizeram as honras da casa. Carlos Bernardes, presidente da Câmara de Torres Vedras, enalteceu o papel evangelizador da Ordem e a sua importante acção na área da Educação, que incluiu a criação da escola primária do Varatojo, uma das primeiras no território torriense.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou a sua vivência juvenil no Grupo da Luz, com os Franciscanos, entre os quais o torriense frei Vítor Melícias, que reside no Convento do Varatojo, e o atual secretário geral da ONU, António Guterres.
O Presidente da República relembrou a forma como S. Francisco e Santa Clara de Assis abalaram no princípio da Alta Idade Média a consciência do Ocidente e foram chamados a renovar a Igreja. Enalteceu a maneira como o atual Papa recuperou o ideário destes santos por meio de valores como os da igualdade, da justiça e de ligação à natureza e ao universo, apelando a uma atitude de despojamento material. Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou o momento para condecorar a Ordem Franciscana como membro honorário da Ordem do Infante D. Henrique.
O Convento do Varatojo foi mandado construir pelo rei D. Afonso V. A primeira pedra foi lançada em 1470 pelo monarca, na sequência de uma “promessa bélica”, tendo do mesmo saído um grande número de missionários que exerceram as suas funções na região, mas também além-mar. De salientar desses, o bispo missionário torriense D. Rafael Maria da Assunção, natural do Varatojo, que realizou um importante trabalho missionário na zona da Beira (Moçambique).
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