São ditos populares por estas bandas, no Minho, estar a vida pela “hora da morte” ao custarem os bens necessários ao dia-a-dia “os olhos da cara”, quando os preços dos bens de primeira necessidade aumentam exponencialmente os seus preços comparativamente ao poder de compra que o rendimento médio auferido pela quase totalidade dos cidadãos permite, que é o que está a acontecer no País e por toda a União Europeia já desabituados da inflação galopante anual, com o BCE – Banco Central Europeu a evitar a todo o transe uma situação de deflação generalizada, resultando essa subida abrupta dos preços ao consumo das crises cruzadas causadas pelo SARS COV 2 e sequentes aproveitamentos políticos estratégicos e de geoestratégia, mas também da ganância que as oportunidades da “lei da oferta e da procura” e do “mercado livre” proporcionam, para controlar a hegemonia internacional de forma a subjugar todos os interesses em disputa internacional.
E que, por isso, está a vida:
- “pela hora da morte”.
E que, a sobrevivência custa:
- “Os olhos da cara”.
Estou em crer que esta saga nos persegue desde os primórdios tempos das cavernas; atravessou as eras do fogo, da pedra e do ferro; as revoluções agrária e industrial; e, continua em pleno na atual era tecnológica em trânsito para a era digital;
Dos nómadas aos sedentários; das tribos aos impérios; as monarquias; a democracia ora presente nas sociedades civilizadas; a caminho de uma nova sociedade com novos valores e desígnios garantes da sobrevivência coletiva em sociedades evoluídas e organizadas.
Temos assim, num tempo de todo imprevisível, o pão e todo o cabaz de bens essenciais para consumo; as diversas energias; os alugueis; e demais produtos de que necessitamos como sendo de primeira necessidade; numa escalada de preços sem precedentes se tivermos em atenção o ritmo das subidas de preços diversos quase diárias comparativamente com a estabilidade nos preços durante as duas últimas décadas.
Tempo este, supostamente de progresso social, tal é o nível de vida e de condições de vida atingidos pelas civilizações atuais em resposta às dinâmicas próprias que o progresso impõe, em que o atual cenário histórico é completamente contraproducente:
- Uma guerra transfronteiriça com implicações à escala mundial eminente;
- Uma pandemia generalizada à escala mundial;
- Uma seca sem precedentes;
- Alterações climáticas totalmente imprevisíveis;
- Escalada dos preços ao consumo;
De que resulta a evidencia clara no atraso exponencial do Homem em acompanhar as dinâmicas evolutivas por si geradas em setores específicos e que por isso opta por reagir em vez de interagir.
Ou seja; a correlação de forças entre aqueles que defendem o progresso e aqueles que apostam no retrocesso atravessa um período histórico demasiado perigoso ao ponto de o futuro correr sérios riscos de o não chegar a ser.
Neste cenário, o aumento significativo dos preços dos bens de consumo essenciais, é um trunfo demasiado poderoso que joga a favor do retrocesso civilizacional por ser detido pelos defensores dessa via para a Humanidade.
Assim sendo, poderá acontecer que a vida ao custar “os olhos da cara” está “pela hora da morte”.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90