Soneto de Carlos Eduardo da Cruz Luna
Olivença, força que não se explica
B’leza contida, porque não falada,
terno caráter, mais que comedido,
sempre discreta, ‘inda qu’ afamada,
traço de segredo, sempr’ escondido.Assim és, Olivença, desejada,
sonho de poeta nunca contido,
entre tantas outras a mais amada,
amor qu’ a bem poucos é concedido…Com o nome d’ oliveira nasceste,
e foste sempre lançando raízes,
a força qu’ explica quanto cesceste…Brilhas na terra com tantos matizes
das cores qu’ em ti mesmo concebeste
que nem vês o valor do que nos dizes…!