O êxodo de imigrantes da Venezuela está se aproximando de um “momento de crise” comparável aos acontecimentos envolvendo refugiados no Mediterrâneo, disse a agência para imigração da ONU. Equador e Peru tornaram mais rígidas as regras para venezuelanos cruzarem a fronteira. No Brasil, moradores de Pacaraima (RR) forçaram venezuelanos a fugirem.O êxodo de imigrantes da Venezuela está se aproximando de um “momento de crise” comparável aos acontecimentos envolvendo refugiados no Mediterrâneo, disse a agência para imigração da ONU nesta sexta-feira (24).
Números cada vez maiores de venezuelanos estão fugindo da crise econômica e instabilidade política que abala a Venezuela, ameaçando sobrecarregar países vizinhos, incluindo o Brasil. Autoridades da região irão se encontrar em Bogotá na próxima semana para buscar uma solução.
Neste mês, Equador e Peru tornaram mais rígidas as regras para venezuelanos cruzarem a fronteira, exigindo passaportes válidos em vez de somente carteiras de identidade. No Brasil, moradores da cidade de Pacaraima, em Roraima, forçaram centenas de venezuelanos a fugirem de volta para a Venezuela.
Descrevendo esses casos como sinais de alerta, o porta-voz da Organização Internacional para Migração da ONU (OIM), Joel Millman, disse que financiamento e meios para administrar o êxodo precisam ser mobilizados.
“Isso está se tornando um momento de crise que nós vimos em outras partes do mundo, especificamente no Mediterrâneo”, disse o porta-voz em coletiva de imprensa.
Na quinta-feira, a OIM e o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) pediram que países da América Latina facilitem a entrada de venezuelanos.
O porta-voz do Acnur, Andrej Mahecic, disse nesta sexta-feira que governos na região estão fazendo esforços “louváveis”, mesmo que algumas capacidades de recepção e serviços estejam sobrecarregadas.
Mas “algumas imagens preocupantes” têm surgido na região na última semana. “Essas aumentam o estigma daqueles que são forçados a fugir, e também colocam em risco os esforços para sua integração”, disse.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial Brasil247 (Reuters – Genebra)/ Tornado
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